My Living Nightmare - Tom Kaulitz [PT-BR]

Você Nunca Pode Me Deixar

O rosto de Ria estava começando a ficar pálido, e eu gritava ao volante do carro de Gustav: "Saia do meu caminho!" enquanto acelerava pela estrada, fazendo com que alguns carros à frente se movessem quase imediatamente

Eles devem ter reconhecido o carro como sendo de algum idiota estúpido que acelera à noite, então se moveram rapidamente para os lados, deixando-me com uma pista livre. Continuei acelerando pela estrada, meu cabelo chicoteando no rosto devido às janelas abaixadas. Olhei para Ria pela centésima vez, sentindo um nó na garganta ao segurar as lágrimas furiosas que queriam sair. "Foda-se!" Eu gritei. "Ele é um idiota, nos colocando nisso." Desviei. "Por que tivemos que nos envolver com eles, Ria!" Eu gritei com ela, mas ela estava inconsciente demais para me ouvir.

"Ele não se importa com você. Nem mesmo se preocupou em conseguir ajuda para você quando soube que você havia levado um tiro. Todos eles sabiam que você havia levado um tiro e ficaram parados ali, amontoados naquele pequeno círculo em torno do derramamento de sangue." Eu estava gritando agora, tão rápido que só eu seria capaz de entender o que eu estava dizendo.

Tom caminhava de volta para sua gangue, todos eles apenas conversavam entre si enquanto minha melhor amiga estava deitada no chão, o chão sujo e nojento... morrendo. "Eu o odeio!" Eu gritei ao fazer uma curva fechada. "Ele acha que pode me dominar, que pode me tratar como aquela garota Yumi, como um de seus animais de estimação." Eu cuspi. "De jeito nenhum, de jeito nenhum!" Eu estava indo muito rápido agora, não estava mais prestando atenção ao meu redor, apenas focada em levar Ria ao hospital.

Foi só quando parei o carro repentinamente e desci para agarrar Ria que ouvi os pneus cantando dos carros. Foi então que percebi que os outros estavam atrás de mim o tempo todo.

Eu agarrei Ria. "Vamos", gemi quando tive que puxá-la para fora do carro.

Meu coração começou a bater muito rápido. O pensamento de Tom estar a apenas alguns segundos de distância estava me assustando muito, e eu tive que correr. Comecei a correr o mais rápido que pude, com Ria pendurada ao meu lado, em direção ao hospital. Assim que cheguei à porta, um médico veio correndo até nós. "O que aconteceu?" Ele disse, sinalizando para alguns funcionários mais à frente.

"Ela levou um tiro", eu disse freneticamente. "Ela precisa de ajuda agora." Algumas enfermeiras tiraram Ria dos meus braços, e eu deixei que a levassem para colocá-la na cama com rodas.

Eles não disseram nada para mim; apenas fugiram com ela. Ouvi um guincho alto e me virei. Lá estavam eles, todos parados, e vi Tom sair do carro para colocar os olhos em mim imediatamente. Foi quando corri dele. Imediatamente comecei a correr na direção que os médicos haviam levado Ria, virei a esquina e rapidamente pulei para dentro do elevador, batendo minhas costas contra a parede para ficar o mais longe possível da porta. Eu assisti impacientemente, esperando a porta fechar; parecia que estava demorando uma eternidade. Assim que estava quase totalmente fechada, a mão de alguém impediu que fechasse, e eu congelei no lugar, com medo de qual deles era. A figura virou a esquina, e meu coração imediatamente bateu de alívio, pois era apenas um simples estranho. Ele me deu um sorriso antes de virar as costas para mim e apertar o botão. Eu estava segura, por enquanto. O estranho olhou para mim algumas vezes, mas eu simplesmente o ignorei. "Você está bem, mocinha?" Ele perguntou.

Olhei para ele, seu cabelo preto espetado em alguns lugares e seus olhos escuros olhando para mim com preocupação e curiosidade. "E-estou bem, obrigado", eu disse, dando-lhe um sorriso fraco.

Ele suspirou um pouco. "Você parece longe de estar bem. Há algo que eu possa fazer para ajudar?"

"Mate Tom Kaulitz", murmurei, não esperando que ele ouvisse. Fiquei muito surpresa quando ele respondeu.