5 | moleque do papai doente

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Enquanto relia o caso mais uma vez e tomava goles de café para acordar completamente, Jimin foi ao banheiro. O sol estava escondido, o céu cinzento e o clima propício para dormir até mais tarde, mas ele se forçou a levantar e ir trabalhar, mesmo podendo tirar folga. Queria resolver aquele caso urgentemente; se precisasse acordar cedo em um dia chuvoso e frio, assim o faria. Quanto antes resolvesse, melhor, e ele não queria atrasar toda a equipe por causa da preguiça que pairava em dias assim.

Ao sair do banheiro, decidiu pegar outro café na sala ao lado. Os policiais sobreviviam à base de cafeína, então havia uma sala de café para evitar saídas frequentes do prédio. Ao entrar, assustou-se ao ver um casal aos beijos perto da cafeteira. Não havia como fingir que não viu, já que precisava usar a cafeteira, e o casal parou assim que ouviu a porta sendo aberta.

Ambos o olharam com rostos surpresos que começaram a ser tomados pelo desespero.

— Vocês são um casal? — perguntou, pois ambos eram de sua equipe e ele não estava sabendo de nada.

— Não, senhor.

— Sim, senhor.

Ambos responderam juntos, olhando-se com desespero.

— Sim, senhor.

— Não, senhor.

Responderam novamente juntos, fazendo Jimin revirar os olhos e negar com a cabeça.

— Será que vou precisar separar vocês dois? Hein, Taehyung? Você era o mais santo e quieto aqui, mas parece que é verdade que os santos são os mais safados. E você, Jossi... — Ele olhou a mulher dos pés à cabeça, negando também. — Enfim... Vou precisar separar vocês. Não suporto casais na minha equipe, e dá pra ter uma ideia do porquê, não é?

Ambos assentiram, abaixando a cabeça diante do chefe.

Jimin nunca gostou de trabalhar com casais, pois isso atrapalhava tudo. Eles lidavam com crimes e precisavam agir com razão, mas casais estavam ligados pela emoção. Ele não queria todo aquele drama de um se jogando na frente do outro e levando um tiro porque se amavam demais; ele queria que isso acontecesse porque eram uma equipe e se protegiam, não porque tinha um relacionamento romântico.

Como mencionado, ele trabalhava com a razão, não com emoção, e aqueles dois estavam ligados pela emoção. Infelizmente, ele não poderia mantê-los na equipe. A porta se abriu e Namjoon, que descobriu ser irmão de seu vizinho, apareceu com o rosto assustado e tenso.

— Temos a localização dele, mas precisamos ser rápidos. O Caso 17 é conhecido por fugir bem.

Jimin não pensou duas vezes antes de correr da sala. Distribuiu armas para todos e vestiram coletes à prova de balas, depois saíram rapidamente do prédio e entraram nos carros da companhia. Ele queria resolver todos os casos em aberto que encontrasse, e aquele era o quarto em menos de dois meses, o que achava pouco ainda.

Ao chegarem na localização, um galpão abandonado, típico, ele rapidamente designou direções para cada um seguir e ficou com três para a linha de frente. Passou pela pequena brecha ao lado da porta e se esgueirou entre as caixas que estavam ali. Eram caixas de drogas, muitas delas; estava até impressionado. Mais adiante, viu três homens, um sentado e dois na frente dele, conversando em sussurros. Não conseguia ouvir claramente, mas sabia que era algo sobre o carregamento. Precisava do homem que estava sentado, mas primeiro prenderia todos e depois descobriria quem eram os outros.

Saiu de trás das caixas anunciando a prisão, embora soubesse que isso raramente funcionava; ninguém se entregava facilmente. O tiroteio começou, e ele foi atingido antes de conseguir se esconder. Não sabia onde tinha sido atingido, mas sabia que foi. Apenas focou nos três que tentavam fugir. Conseguiu desestabilizar um deles com um tiro na perna; a equipe traseira prendeu o segundo, e o terceiro foi capturado por Jossi. Talvez reconsiderasse sobre transferi-la.

devolva o meu filho!, jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora