Sábado de manhã

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Acordei tarde naquela manhã de sábado, por que afinal, eu tinha ido dormir bem tarde por causa dos livros.

Descobri que tem duas formas de resistir a poção da verdade, uma era força de vontade, que pelo visto eu não tinha, e a segunda é quando a pessoa fazia duas perguntas seguidas e a poção agia só sobre a última.

Troquei de roupa já desanimada. Seria um dia inteiro trancada ali sem nada para fazer.

Para a minha surpresa e felicidade logo cedo, James estava com a porta do quarto aberta, que é de frente para o meu, e sem camisa. Ele estava na frente do espelho parecendo concentrado em arrumar o cabelo, o que é um desperdício de tempo, já que não vão ficam arrumados por muito tempo.

Olhei para as suas costas largas e a pele bronzeada. Maldito quabridol. Que costas eram aquelas? Dumbledor deveria proibir Quadribol nessa escola. Isso é uma perdição.

Não sei bem o que aconteceu em seguida. Eu estava sonhando em passar minha unhas nas costas de James Potter, e no momento seguinte eu estava no chão. Caí com um baque surdo e um gemi "Ai!" quando meu nariz bateu no chão.

Mais rápido do que eu poderia dizer "Quadribol"  James já estava vindo em minha direção e pelo susto ele não deve ter se lembrado da poção, pois logo soltou:

— Lily! — Alarmado e saiu correndo em minha direção. — Você está bem? Alguma coisa quebrada? — Já me ajudando a me levantar.

— Só minha dignidade. — Respondi levando a mão ao nariz que estava doendo.

— Mas o que aconteceu? — Ele me perguntou enquanto examinava o meu nariz. — Não está nada que... — Mas ele não terminou, pois o efeito da poção já tinha me atingido.

— Eu estava te olhando sem camisa e tropecei. Você não deveria ficar andando por aí assim. — Respondi ficando vermelha na mesma hora e tampando a boca.

Ele levantou a sobrancelha me olhou curioso por alguns instantes.

— Eu vou matar o Snape quando eu puder mentir de novo. — Reclamei mais comigo mesma, mas o fazendo rir.

— Mil desculpas, Lily. A pergunta saiu no automático. Eu deveria ter... — Ele começou a se desculpar passando as mãos pelos cabelos, mas dei de ombros. Provavelmente eu teria perguntado o mesmo.

— A culpa não é sua. — O interrompi e para deixar a situação menos pior levei a mão ao meu nariz que ainda estava doendo. — Vou fugir dessa situação constrangedora no meu quarto. — Eu disse e fiz uma careta logo em seguida o fazendo rir. — Definitivamente não era isso que eu queria ter dito. — Reclamei quando ele se afastou de mim me deixando voltar para o quarto.

Fechei a porta alivia por não ter que responder mais coisas constrangedoras.

— Se serve de consolo, independente da desculpa, eu já sabia que você iria se esconder. — Ele gritou do outro lado da porta e tive vontade de bater no desgraçado.

Escutei James rindo e voltando para o seu quarto. Assim que pareceu que ele tinha se distraído eu peguei minha coisas e fui para o salão terminar meu relatório de Transfigurações. O café da manhã iria demorar de qualquer forma.

Depois de mais ou menos uns 10 minutos que eu estava escrevendo o relatório James desceu as escadas saltitante.

— Dever logo cedo? — Ele reclamou e acho que fez uma careta, mas como eu estava de costas para ele, não vi.

— Estou sem nada legal para fazer. — A poção me obrigou a dizer novamente.

— Eu vou tomar café e te trago alguma coisa assim que conseguir. — Ele me disse e parei meu trabalho para olhar para ele que estava parado no meio do salão me olhando.

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