Encontro?

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Assim que cheguei na sala, James estava sentado no sofá de costas para mim e na mesa de centro tínhamos dois pratos, uma jarra de suco e estava até com uma tolha vermelha na mesa.

— Estamos comemorando alguma coisa? — Perguntei na dúvida.

— Não. Eu só quis te animar um pouco com um almoço melhor do que um prato de comida frio que alguém trouxe do grande salão.

— E você fez um ótimo trabalho. — Eu disse sem conseguir me segurar e ele sorriu. — Como conseguiu isso tão rápido?

— Os elfos gostam de mim. — Ele deu de ombros ainda com aquele sorriso no rosto.

— E quem não gosta? — Perguntei sem pensar e me arrependi na mesma hora.

— Você. — Ele me respondeu passando a mão irritantemente pelos cabelos.

Não respondi, porque se eu abrisse a boca eu iria falar mais do que deveria.

Nos sentamos frente a frente para almoçar e eu definitivamente me senti em um encontro.

— Se isso fosse cerveja amanteigada eu diria que é um encontro. — Brinquei depois de alguns minutos em silêncio enquanto tomava um pouco do suco.

— Os elfos não tinham cerveja. — Ele brincou me fazendo rir.

— Teremos que nos contentar com suco. — Brinquei e ele riu.

Eu estava flertando com ele? Merlin! Faça alguma coisa! Alguém faça alguma coisa!

— Está tudo... — Ele começou, mas acho que lembrou da poção e parou por um instante. — Você está fazendo uma careta engraçada. — Afirmou e eu revirei os olhos o fazendo rir.

— Toda vez que eu abro a boca essa poção faz alguma coisa maluca. — Reclamei.

— Nunca pensei que Lily Evans pudesse mentir tanto ao ponto de não querer conversar por causa de uma poção. — Ele parecia estar se divertindo com isso.

— Eu não minto. — Comecei, mas a poção adicionou — tanto assim.

Ele riu ainda mais.

— Logo acaba. Só mais umas 30 horas. — Era para ele me animar com isso?

Logo começamos a falar sobre a escola, nossos amigos e até mesmo quadribol. O clima estava muito bom, mas praticamente só James falava, pois eu evitava ao máximo abrir a boca perto dele.

— Me conte algo sobre você que eu não saiba. — Pedi animada com o rumo da conversa.

— Eu amo você. — Ele simplesmente soltou, ali, naquele almoço mascarado de encontro e me fez engasgar com a comida.

Ele deu tapinhas nas minhas costas rindo.

— Você que deveria ter tomado essa poção. — Eu disse quando me recuperei.

— Eu tomaria se isso fosse fazer você acreditar em mim. — Ele me respondeu e me deixou sem palavras.

Ele tomaria Veritaseum para isso? Ele é realmente bom em mentir. Ele me parecia muito sincero. Sincero ao ponto da minha lingua coçar para responder.

— Remus hoje me perguntou sobre a condição dele. — Soltei tentando trocar o rumo da conversa.

Ele não pareceu se importar com isso.

— Vou julgar que foi nessa hora que vi ele abraçando o ar. — Ele comentou rindo.

— Aposto que a cena foi hilária de fora. — Eu ri junto com ele.

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