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Eram cerca de dez horas da noite quando parei de chorar por causa da ansiedade e dos medos que vinham e voltavam rapidamente, em um pique de energia levantei do velho coxão, o único que conhecia as minhas verdadeiras dores. Fui até o banheiro e olhei meu reflexo no espelho, Olheiras fundas, rosto cansado, uma expressão facial derrotada. Era assim que eu me parecia.

Em meio a névoa escura do quarto não percebi quando as sombras se moveram, estava tão acostumada a uma imaginação fértil que tirava sons fantasmagórico de um mundo irreal que dessa fez não me movi assustada para debaixo das cobertas como um rato assustado quando uma respiração pesada se fez presente. A lufada de ar tocou meus cabelos, fazendo meus pelos da nunca eriçarem.

Ninguém deveria deixar seus sentidos fracos que não possam exibir um simples alerta, esse foi meu erro. Deixar meu sexto sentido desligado, duvidar da minha consciência me fez dormir aquela noite, mesmo quando meu coração batia incessante no peito.

Na manhã seguinte quando estava inerte em uma nave alienígena, precisei resgatar o ultimo fio de sanidade para não enlouquecer, tarefa de bastante ardor para alguém que vive todos os dias lutando contra a realidade dominadora.

Acordei sendo escrava de Homens azuis sem nunca ter sido totalmente livre, presa por meio de uma armadilha cruel da vida, ela não se sentia tão horrorizada em estar presa a comandos. Quando foi vendida um tempo mas tarde, bateu-lhe uma curiosidade sobre como estaria a vida de todos sem ela,

Provavelmente já desistiram de tentar encontra-la, foi facilmente substituída no trabalho, provavelmente sua mãe estaria melhor.

AH! É SÓ UMA LOUCURA PASSAGEIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora