Capítulo 16

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A tensão pairava no ar enquanto desfrutávamos de um momento perfeito juntos. O brilho do amor refletido em nossos olhos era quase palpável, mas a felicidade parecia boa demais para ser verdade. Foi nesse instante que o celular de Nathan começou a tocar, rompendo o encanto e nos obrigando a enfrentar a realidade.

Eu observei Nathan se afastar para atender a chamada, curiosa e apreensiva com a possibilidade de algo dar errado. Ele ergueu o telefone e ouvi sua voz ao atender a ligação que estava no viva voz. Do outro lado da linha, um empregado parecia transbordar de entusiasmo ao lhe trazer notícias.

"Alô?" disse Nathan, esperando ansiosamente por informações.

"Olá, Senhor, tenho ótimas notícias..." o empregado respondeu, deixando transparecer sua animação.

Nathan, preocupado com a importância do assunto, perguntou se era algo urgente, precisando ser comunicado imediatamente. O empregado pediu desculpas caso tivesse interrompido, mas era algo relacionado à investigação, despertando o interesse de Nathan.

"Vá em frente, diga-me tudo..." respondeu Nathan, preparando-se para receber a notícia.

O empregado não perdeu tempo e revelou que o verdadeiro culpado havia sido descoberto. Nathan, já esperando por isso, ansiava por conhecer o nome por trás da trama.

"Por que você está demorando tanto? Diga-me o nome!" exigiu Nathan, impaciente.

O empregado pronunciou o nome "Narin", mencionando que ela alegou ter agido movida por vingança. Intrigado, Nathan questionou as motivações dela, pois no fundo já suspeitava dessa possibilidade.

"Narin? Como assim vingança?" perguntou Nathan, buscando compreender os motivos por trás de tais atos.

O empregado explicou que Narin já havia sido capturada e estava ali, pedindo para falar com Nathan. Determinado a confrontá-la, Nathan pediu para que ela fosse colocada ao telefone.

A ligação caiu em silêncio por um momento tenso. Quando Narin finalmente quebrou o silêncio, sua voz soou embargada, implorando a Nathan que não acreditasse que ela era a responsável por tudo.

"Nathan, por favor, você não pode acreditar que eu fiz isso!" ela suplicou, sua voz cheia de emoção.

Nathan, convicto de que todas as provas apontavam para Narin, questionou seus motivos e o porquê de ela ter tomado aquelas ações. O tom de Narin mudou enquanto ela ria, como se achasse absurdo que Nathan ainda tivesse dúvidas.

"Que motivos?" ela riu, com um tom de voz diferente. "Você está mesmo me perguntando isso? Eu era tudo na sua vida, Nathan! Até que... aquela garota chegou..."

Nathan a interrompeu, pedindo que ela medisse suas palavras. Mas Narin parecia indiferente.

"Não importa! Meu pai ainda não sabe. Tenho certeza de que ele vai me tirar da cadeia. Sua felicidade não durará muito tempo, Nathan!" Narin ameaçou, sua voz carregada de ressentimento.

Nathan, decidido a encerrar aquela conversa, informou a ela que seu pai também estava sendo preso. A surpresa dominou a voz de Narin ao receber aquela notícia inesperada.

"O que? Por que? O que você fez, seu idiota?" Narin parecia genuinamente chocada com a revelação.

Explicando-se calmamente, Nathan afirmou que não tinha feito nada. Na verdade, Narin foi quem havia transferido o dinheiro para uma conta em nome da empresa de seu pai.

"Mas..." Narin tentou protestar, mas Nathan a interrompeu.

"Adeus, Narin. Espero nunca mais vê-la." Nathan encerrou a ligação, não dando mais espaço para palavras vazias.

Ignorando todas as ameaças proferidas por Narin, Nathan sentiu um alívio ao perceber que tudo havia sido resolvido satisfatoriamente. Com um sorriso no rosto, voltou para perto de S/N e sentou-se ao lado dela no sofá da cabana.

S/N, apressadamente, concluiu que Nathan precisava voltar para casa e fez suposições precipitadas. Ela levantou-se, pronta para partir.

Surpreso com sua reação, Nathan riu e perguntou a S/N o que ela estava insinuando.

"S/N, o que você está dizendo?" indagou, divertido.

S/N explicou que, normalmente, chamadas como aquela não traziam boas notícias, e considerando os problemas recentes na empresa de Nathan, ela concluiu que era hora de irem embora.

"Viu? Eu disse, vamos embora..."

No entanto, Nathan interrompeu-a com veemência, ressaltando sua prioridade.

"S/N!!! Me ligaram para dizer que o problema foi resolvido... E mesmo que houvesse problemas, eles poderiam esperar até amanhã! Quando você vai perceber que você é minha prioridade?" Nathan falou seriamente, mostrando seu compromisso.

S/N, percebendo a sinceridade nas palavras de Nathan, sorriu e sentou-se novamente ao seu lado.

"Então, isso significa que podemos continuar o que começamos?" S/N sorriu maliciosamente, insinuando uma continuação.

Nathan estava determinado a não perder nem mais um segundo.

*S/N P.O.V*

Um turbilhão de emoções invadia meu ser, enquanto eu me entregava a Nathan. Seus toques eram ardentes e apaixonados, e eu me perdia na intensidade do momento. Era um encontro há muito esperado, um momento que eu desejara ardentemente.

Enquanto nossos corpos se uniam em perfeita sintonia, minha mente vagava em meio a pensamentos incertos. Eu me questionava se aquilo seria apenas uma noite fugaz, um momento passageiro que logo se dissiparia nas sombras da memória. A insegurança me assaltava, e eu não sabia se aquele encontro teria continuidade ou se seria apenas um breve vislumbre de paixão.

No entanto, meu coração ansiava por mais. Eu queria que aquele momento se perpetuasse, que as horas se estendessem e se transformassem em dias, semanas, anos de amor e entrega. Desejava com todas as forças que Nathan compartilhasse desse mesmo desejo, que ele não visse nossa conexão como algo efêmero, mas como o início de algo maior.

Enquanto os minutos se desvaneciam, meu amor por ele crescia em proporções avassaladoras. Eu estava disposta a fazer o impossível para que aquele encontro transcendesse a esfera do tempo. Eu queria que Nathan se tornasse minha mais doce obsessão, assim como eu havia sido a dele no primeiro instante em que nossos olhares se cruzaram.

Doce ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora