cap.1

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-Você o matou! -Gritou de forma raivosa, quando foi para acertar o segundo soco sentiu a mão de Thor o puxando, quando voltou a consciência percebeu que havia chamado a atenção de todos naquele refeitório, desviou dos braços do loiro, e voltou seus olhos a Bucky e saiu depressa do refeitório, com Nat a trás de si. Tony não suportava estar ali, seu peito ardia, seu coração batia tão forte, suas pernas estavam bambas, seus olhos ardiam e o choro estava preso na sua garganta, quando percebeu estava na parte de fora da escola, olhou para trás e Nat se encontrava ali, ela o abraçou, e Tony desabou nos braços da amiga. Ele sentia tanta a falta dele, parecia que estava em um pesadelo, como doía, sua alma parecia que havia sido enterrada, junto com aquele caixão, e mesmo depois de dez meses a dor ainda estava ali. 

Passaram alguns minutos ali na frente, quando Tony se acalmou Nat o levou para casa e ficaram assistindo procurando nemo, o quarto estava em um clima confortável e a voz dos personagens eram os únicos presente no quarto, quando a ruiva se pronunciou.

-Tony, sabe que não é culpa de Bucky não é? foi um acidente. Eu sei o quanto ele faz falta para você, mas você precisa seguir, e não adianta tentar achar um culpado. -ficou um silêncio, só escutava a respiração ofegante de Tony.
-Ele já carrega a culpa daquilo, éramos um grupo, todos estão sentindo essa dor.

Novamente se formou um nó na garganta
de Tony, como Nat se atrevia a falar que todos compartilhavam da mesma dor que você, tinha perdido seu melhor amigo, o cara que cresceu ao lado, eram inseparáveis, até que Bucky o tirou isso.

-Você não entende Nat, nós crescemos juntos, eu sinto a falta dele. Bucky poderia ter impedido.

-Mas não impediu, e ele se foi, não dá para parar a vida por conta disso, você precisa se curar Tony. -no fundo, Tony sabia que era verdade, o amigo se foi, mas ele continuava ali e precisava se curar.

Como uma forma de desistência apenas abraçou a ruiva de forma apertada, adorava a companhia da amiga, e depois do funeral ela sempre esteve ali. Continuaram abraçados e assistindo o filme.

Quando começou a escurecer Nat foi para casa, e Tony se afundou no sua cama pensando no ocorrido de cedo.

Tony sabia, realmente sabia que Bucky não tinha culpa, mas precisava culpar alguém por isso, e já não tinha mais volta, havia acabado com o grupo, desde o acidente, desde da briga, ou até mesmo antes, desde os olhos azuis, e era orgulhoso demais para pedir desculpa, era orgulhoso demais a voltar o que era antes. Saiu de seus devaneios quando escutou um barulho no andar de baixo, seu peito congelou no mesmo instante. Não queria ter que lidar com Howard, não naquele momento. Mas quando sua mãe abriu a porta sabia que seria obrigada a conviver com os pais.

-Se arrume e desça para jantar. -Disse Maria com aquele tom ríspido, fechou a porta e desceu as escadas. Não via os pais tinha mais de dois meses, eles estavam viajando para Nova York a trabalho, e Tony esperava que eles voltassem o quanto mais rápido.

Colocou um calça moletom cinza e uma regata preta, e desceu as escadas, quando chegou na sala de jantar os pais já estavam sentados, sentou ao lado esquerdo do pai e a frente da mãe, os mordomos serviram o jantar e em silêncio começaram a jantar.

-Descobri que Nat esteve aqui mais cedo, é ótimo saber que está aproveitando o tempo sozinho em casa, mas eu espero que não esteja deixando os desejos falarem mais altos que seus estudos, não quero saber de notas baixas Anthony. -falou da sua forma arrogante de sempre, seus olhos não desviaram do seu prato

Tony estava cansado de negar sobre o pensamento do pai sobre se relacionar com a Nat, então apenas ficou em silêncio. Sem ao menos ter tocado direito na comida, pediu licença e subiu para o quarto.

Novamente aqueles pensamentos rodeavam a sua cabeça, estava se saindo bem nos últimos meses, não podia deixar que ver Bucky destruísse tudo que havia construído. Com essa ideia pegou o telefone e discou o número tão recorrido durante as férias.

Encerrou a ligação, colocou uma calça jeans e um casaco verde por cima da regata preta. Desceu devagar pelas escadas e seguiu pra saída de casa. Foi silencioso e discreto, de forma que ninguém o percebesse, quando chegou na frente de casa seguiu pelas ruas vazias e frias de Queens.

Depois de caminhar por volta de meia hora, lá estava Tony, pronto para subir as escadas do apartamento de Stephen.

Uma memória perdida Onde histórias criam vida. Descubra agora