Capítulo 2 - Testosterona à décima potência

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Capítulo 2 - Testosterona à décima potência


- Já matou saudade, agora desgruda, mulher! - disse Cameron, me afastando, mas eu sabia que era só porque tinha outros dez meninos nos olhando.

- Deuses, onde que eu arranjei um irmão tão chato assim? - brinquei, revirando os olhos. - Vamos entrando, cambada.

Eu imaginava que eles ficariam por ali, pois eu duvidava muito que ficariam todos separados, mesmo alguns tendo casas aqui. Eles soltaram as malas em um canto e se acomodaram nos sofás e no chão. Bando de folgados.

- O que vamos fazer? - perguntou Aaron, jogando a cabeça pra trás.

Revirei os olhos. - Eu voto por dormir. - sugeri, andando até a escada, preparada para voltar para o conforto da minha cama, que estava me chamando.

- Nem pensar, Mia. - disse Jack J, me puxando pela cintura de volta para a sala.

- Não... - resmunguei, chorosa, tentando me soltar de seus braços. Até que ele me jogou no sofá e ficou sobre minha barriga. Eu quase consegui empurrá-lo para o lado, até que o Jack G deitou sobra minhas pernas e Nash segurou meus braços. - Vocês são seres maus. Não estão ouvindo minha cama me chamando? Ela está lá sozinha, me chamando de volta. Mia... Mia...

- Isso parece mais o gemido de um gato. - soltou Taylor, arrancando uma risada de todos aqueles macacos.

Forcei um bico, mesmo querendo rir.

- Own, faz esse bico não. - disse Matt, próximo ao nosso monte.

- Vocês são maus, então vão ficar sem a sobremesa da tia Gina. - ameacei, virando a cara como se estivesse ofendida.

Aqueles que já haviam vindo aqui e que eu conhecia de tempos antes vieram pra cima de mim reclamando, pois a sobremesa da minha mãe era divina. Os outros vieram simplesmente para completar o monte e praticamente me esmagar contra o estofado do sofá sem dó nenhuma da minha pessoa.

- CAMERON! - gritei, minha voz abafada por aquele monte de testosterona em cima de mim. - CAM, SEU VIADO, FILHO DA NOSSA BELA MÃE, TIRA ESSE BANDO DE HOMEM GORDOS DE CIMA DE MIM!

- Não mesmo, isso está engraçado. - ele disse, rindo, e ouvi um flash. O flash da minha câmera.

- E se eu disser que eu senti uma mão na minha bunda? - menti, e já senti a tensão dos meninos.

Cameron sabia ser uma irmão ciumento.

- SAIAM DE PERTO DELA NESSE INSTANTE! - ele gritou e segundos depois os meninos já estavam amontoados no sofá mais distante de mim enquanto eu ria do desespero deles.

Até que Cameron começou a rir também. Ele sabia que era mentira.

- Liberdade, finalmente! - comemorei, levantando rapidamente do sofá onde o Jack loiro tinha me jogado e tentei correr para as escadas.

Mas fui novamente impedida por outro par de braços em minha cintura e logo depois a visão que eu tinha era da bunda do meu irmão.

- Me solta, Cam, eu não preciso ficar olhando para a sua bunda murcha! - gritei, dando socos nas costas dele e ouvindo as risadas gostosas dos garotos.

- Não solto, Mia, você vai ficar aqui com a gente. - ele disse, segurando minhas pernas para me equilibrar em seu ombro, e se virou para me levar de volta até a roda dos meninos.

- Inteligente de sua parte, meu irmãozinho anta, agora são eles quem estão olhando pra minha bunda. - sussurrei pra ele.

Segundos depois eu já estava jogada de novo no sofá, rindo como uma hiena.

I Ain't Gon Do ItOnde histórias criam vida. Descubra agora