Capítulo 5 - You Gotta A Bae? Wanna Try A Date?

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Capítulo 5 - You Gotta A Bae? Wanna Try A Date?

Algum tempo depois...

"Tudo bem, vou te deixar dormir. Boa noite, princesa, depois a gente se fala ;) - Hayes".

Sorri com a última mensagem que recebi e finalmente pude me deitar em paz na cama. Nas últimas semanas, eu ainda mantive contato com Hayes. Com quase todos os meninos, na verdade. Eu ia para a escola e voltava, com quase quatrocentas mensagens em um curto período de tempo. Estava para entrar em meu último ano, mas para isso eu precisava passar nesse primeiro. Então eu estava tentando me dedicar ao máximo para conseguir. Logo depois que os meninos sairam de casa, eles entraram em contato comigo. Só que eu enrolava para responder e Hayes ficou preocupado. Me mandava cerca de vinte torpedos por hora, até que resolvi dar atenção pro coitado.

Claro, não que eu esteja reclamando.

Manti contato com Mahogany também. O assunto que ela mais fala, depois de música e moda, é Hayes. Ou, como ela gosta de nomeá-lo, o Grier da minha melhor amiga. Não me pergunte, talvez a resposta não seja boa. Ela diz que nos intervalos de eventos, Hayes passa cada segundo do dia olhando para o celular. Sem vídeos, apenas encarando o celular; ela diz que é esperando alguma mensagem minha, mas eu não acredito.

Já Cameron, quando ele me liga, diz que Hayes não para de falar de mim. Diz que se ele continuar a falar tanto, vai esquecer que é amigo dele e dar-lhe uma surra. Eu implorei que não fizesse, quase desesperada, e tudo o que ele fez foi rir de mim. Como se isso tivesse alguma graça. Jack J diz que apesar das brincadeiras, Cam está meio dividido entre ser o irmão ciumento que é, ou ficar feliz por ser um amigo dele, e não qualquer um.

Já eu não acredito em nada disso. Não há nada entre nós dois e não houve nada quando eles estiveram aqui. Talvez seja apenas coisa da minha cabeça ou o início de uma obsessão doentia por garotos mais novos. E mesmo se tivesse, eu ainda acho que a diferença de idade poderia ser um problema. Mas isso não quer dizer que deixei de ter contato com ele por torpedos.

- Ele enfim te deixou em paz? - perguntou minha mãe, aparecendo na porta do quarto e me acordando dos pensamentos.

- É, mãe, eu disse que estava indo dormir. - respondi, sorrindo para ela.

Ela sorriu carinhosamente, vindo até minha cama e se sentando na lateral. Virei-me e deitei em seu colo, sentindo seu dedos passeando por meus cabelos ruivos. Ficou algum tempo assim, e eu estava quase dormindo, até que ela resolveu se pronunciar.

- Já pensou na possibilidade de estar realmente gostando desse garoto?

Arregalei os olhos, surpresa, e me sentei rapidamente. Se eu fosse mais normal, não teria engasgado com minha própria saliva.

- O quê?! Não, mãe! É possivelmente só uma obsessão boba! - insisti, corando.

Minha mãe, porém, riu. - Bem, eu nunca te vi assim por nenhum menino. Fica olhando pro celular a cada segundo e sempre dá aquele seu sorriso meio tímido quando vê que é uma mensagem dele. E se não fosse algo sério, nem seu irmão estaria sabendo.

Corei ainda mais. Entortei a boca, pensativa. Talvez fosse verdade, mas eu não podia deixar assim. Eu simplesmente não podia estar gostando de um garoto mais novo.

- Esquece isso, mãe. - eu disse, abaixando meu olhar. - Ele é mais novo e...

- Mianne. - ela chamou minha atenção e, pela primeira vez, não me importei em como ela me chamava. - Você não precisa se preocupar com isso, eu já disse.

- Mas... - eu comecei a falar, mas um barulhinho do meu celular me interrompeu.

Notificação.

Sorri, meio inconsciente do que fazia, e logo peguei o celular.

I Ain't Gon Do ItOnde histórias criam vida. Descubra agora