Amizade inesperada

Capítulo 7: Progressão

Todo maldito dia era a mesma música e dança de Sirius. O mesmo pedido de desculpas por aquela noite e nada antes dela. Os anos de tormento foram “apenas risos” de acordo com ele e James. Não significava nada para nenhum dos dois. Claro que não. Remus não era necessário em seu grupo.

Até Regulus estava começando a ficar chateado com o irmão. Não ocorreu a Remus o quão grande o grupo realmente era. Eles realmente abrangeram a maior parte da mesa da Sonserina e partes da Lufa-Lufa e da Corvinal. Ajudou o fato de eles terem o time de Quadribol e Regulus em sua gangue não tão pequena.

Havia uma certa hierarquia da Sonserina, semelhante à da Grifinória. No topo estava o time de Quadribol, incluindo Wil e Bruce, depois Sev e Eddy, depois Barty e seu grupo, depois os garotos de nível inferior como Duncan Ashe. O garoto era um idiota absoluto e não tinha esperança de subir em nenhum posto mais alto.

“Eu entendo que você não gosta de mim, mas pelo menos perdoe James. Ele não fez nada!”

Sirius continuou a seguir Remus pelos corredores, apesar de Remus não prestar muita atenção. Sev, Wil e Bruce o estavam ignorando completamente. Todos os quatro iriam ver Eddy na ala hospitalar antes da aula e estavam contentes que Sirius não pudesse estar lá a menos que Eddy o quisesse lá. Todo mundo sabia que isso nunca aconteceria.

Exatamente. Ele não fez nada. Cinco anos e ele ainda dava desculpas para tudo. Salvar Sev não deveria ser uma grande façanha de força porque não deveria ter acontecido para começar. Independentemente disso, é uma coisa humana a se fazer - salvar alguém da morte - então Remus não o perdoaria por fazer o mínimo.

Havia uma única pessoa no mundo que não merecia ser salva em tal situação e era Voldemort. Certo, ninguém tentaria salvá-lo de bom grado de qualquer maneira. O cara era odiado pela grande maioria da Europa.

“Quando Eddy poderá partir?” Sev perguntou a Madame Pomfrey quando eles passaram pela porta.

Eddy era parecido com Remus no sentido de que ele tinha que vir para a ala hospitalar todo mês. Felizmente, o dele não foi definido para um dia específico, então ninguém além de seus amigos sabia o porquê. Ele tinha que passar por transfusões de sangue regularmente, embora tivesse o luxo de não ser mimado constantemente porque era a mesma coisa todas as vezes. Eles o deixaram lá por cerca de uma ou duas horas e verificaram se não havia problemas. Remus era praticamente um sujeito humano para Pomfrey e, nas raras ocasiões em que Eddy e ele se cruzaram em sua estada, a tripulação do Mungo.

"Ele poderá sair em dez minutos," Pomfrey disse enquanto enfaixava outro aluno.

Eddy, apesar de todos os seus problemas, continuou a reclamar da necessidade de usar auxiliares de locomoção após uma transfusão. Ele odiava parecer doente e odiava ainda mais as escadas. Toda vez que o visitavam, ele implorava aos curandeiros que o deixassem usar sua bengala. A cadeira de rodas era difícil de subir as escadas, então ele costumava voar para chegar às aulas de qualquer maneira.

“Lancelot, por favor. Eu ainda posso andar. Deixe-me andar até não poder mais. Eu só tenho alguns anos restantes de qualquer maneira. Deixe-me aproveitá-los ao máximo. Não posso ficar preso em uma cadeira de rodas pelo resto do meu tempo aqui."

Lancelot era a tio-avô dos meninos Prewett, o que era muito óbvio quando você olhava para ele. Ele tinha as mesmas sardas e cabelos ruivos de Fabian. Seu sorriso era torto, inclinando-se mais para o lado esquerdo, e seu cabelo era cronicamente bagunçado. Remus o tinha visto algumas vezes antes daquele ano e ouviu seu nome de passagem. Ele aparentemente estava trabalhando muito em Londres, então era raro que ele aparecesse em Hogwarts para cuidar de Eddy.

Parecia que toda vez que Lancelot aparecia, havia más notícias sobre a deterioração da condição de Eddy. A última vez foi ele dizendo que Eddy ficaria muito mais fraco nos próximos meses e ele voltaria a verificar depois de outro teste. Este foi o seu teste. Edmund foi oficialmente colocado em auxiliares de mobilidade até morrer, o que não demoraria muito devido à sua progressão.