"Será que seja tão errado querer a vida eterna? Pois um fato que todos sabemos, é que o nosso único inimigo é o tempo. Todos iremos envelhecer algum dia, e então a nossa história e o nosso tempo terá acabado"
A imagem dela sendo morta me pertubou a noite toda. A noite que deveria ter sido maravilhosa para os plebeus, acabou se tornando uma tragédia, talvez, se eu tivesse aceitado fazer parte desse circo, ela poderia estar viva agora. Parece que a qualquer momento, ela irá entrar no meu quarto, com seu sorriso me perguntando, o que eu estava fazendo para não comparecer aquele maldito baile idiota. Mas ela nunca mais irá me dar outro sermão, porque ela se foi e aceitar isso é difícil. O silêncio no café da manhã foi constrangedor, porque ela era a vida desse palácio e ver a cadeira dela vazia dói muito. Meu pai não desceu para o café e acredito que não descerá para o almoço.
— Alteza_o general Jhon me chama fazendo referência_— Seu pai lhe chama em seu gabinete.
— Estou indo, obrigada_assinto com a cabeça.
— Sinto muito_diz ao sair.
O baile foi feito com o intuito de acalmar os ânimos dos plebeus, por conta dos ataques rebeldes que o reino tem sofrido, mas mesmo assim eles apareceram no baile e de quebra apareceram outros homens que até então eram desconhecidos e não dúvido que foi a mando do rei Benjamin.
— Pai?_chego em seu gabinete e o vejo de costas, olhando pela janela admirando a manhã.
— Entre e feche a porta_diz e ao olhar para mim percebo que não fui a única que não dormiu essa noite.
— Pai...
— Eu apenas quero saber, o porquê, você só compareceu ao baile quando os assassinos chegaram?_meu pai pergunta sentando em sua cadeira, ficando de frente para mim_— Crystal, eu... se você... porque você lutou?
— Eu ouvi os gritos e fui ver o que tinha acontecido, e você sabe como eu amo esgrima!!!_falo e ele bate com as mãos na mesa, o que me assusta.
— CRYSTAL, VOCÊ É A HERDEIRA DO TRONO_ele grita e se recompõe_— Desculpa meu amor, está sendo difícil_diz com os olhos marejados.
— Oh pai..._levanto e vou até ele o abraçando.
Eu e meu pai estamos compartilhando da mesma dor. Minha mãe era a mulher mais corajosa que eu conheci, ela me ensinou esgrima quando eu tinha nove anos, ela que me ensinou a me defender e sempre dizia: deixem as pessoas pensarem que você é indefesa e quando menos esperar surpreenda-os.
— Apenas não se coloque em perigo novamente_diz enxugando as lágrimas_— Não vou suportar perder uma filha também.
Gritos e fúria pareciam ser as únicas coisas que tumultuavam em meu peito. Visualizar a minha mãe cair sem vida, me fez correr desesperadamente para cima daquele invasor vestido com roupas inteiramente negras e com a face escondida por um pano preto, desferindo um golpe que ele se lembraria para o resto de sua miserável vida. Segurei firme no cabo da espada e jurei em forma de um sussurro que teria minha vingança, então sem pensar duas vezes pulei sobre a sombra vaga e arranquei fora sua cabeça.
O corpo daquele miserável caiu em minha frente, o que me fez o chutar para o lado. Com o suor espesso em meu corpo, me aproximei involuntariamente de minha falecida mãe, caída em meio a poça de seu próprio sangue.
Vi de relance o garoto com o qual eu lutava lado a lado, se aproximar com sua espada em mãos, e quando se deu conta de que a mulher morta no chão era a rainha, ele engoliu em seco, pondo sua espada na bainha e me ajudou a levantar do solo vermelho pelo sangue dos inocentes.
Poucos foram aqueles que sobreviveram ao caos. Olho em volta e vejo vários corpos sem vidas sendo tirados do salão de festas, pelos guardas. Um guarda veio buscar o corpo sem vida de minha mãe, isso é demais!!!
— Não coloque suas mãos imundas em minha mãe!!!_falo entre dentes.
— Mãe?..._o garoto ao meu lado pareceu confuso.
— Mas, alteza..._o guarda tentou argumentar, porém o impedir.
— Nada de mais!!! Encoste em minha mãe e verá que a próxima cabeça que rolará, será a sua_digo nervosa.
— Você... quem é você?_pergunta o garoto a meu lado, virei para ele e vi seu olhar confunso.
— Princesa Crystal Wright, herdeira do trono de Valedo e sua futura rainha_disse e de repente seu olhar confunso, passou para fúria_Você está bem?_pergunto e o vejo sorri.
— Estou!!! Melhor impossível_diz e beija minha mão se retirando logo em seguida.
Depois que os homens mascarados viram que um dos deles matou a rainha de Valedo, eles se retiraram correndo do palácio, deixando apenas aquele miserável que arranquei a cabeça, sem lhe dar a chance de fugir.
— Mas você sabe o nome dele?_Nina pergunta animada.
— Não_respondo rindo de sua empolgação_— Nem o conheço amiga.
Nina é minha dama de companhia e minha melhor amiga, nos conhecemos desde que seu pai, o general John, veio morar e trabalhar aqui no castelo. A beleza de Nina é sem igual branca e de olhos verdes, ela vive balançando seu cabelo castanho cacheado por onde passa e é impossível não reparar nessa maluquinha.
— Irei investigar para você_Nina diz dando uma piscadinha e levantando da cama_— Agora vou para meu trabalho, por que se não, a princesa vai fazer minha cabeça rolar também_diz correndo e se livrando de meu travesseiro que joguei.
— PALHAÇA!!!_grito e ouço sua risada.
Autora: Olá!! Estou postando o capítulo 1 hr antes de ir ao trabalho pq hj não terei tempo de fazer absolutamente nada no celular!!!
Obs: Esses são os atores que eu imagino como Crystal e Peter.... Mas vcs fiquem a vontade pra imaginar como quiserem kkkkkkkkkk
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Jogo de Poder (Concluído)
Historical FictionMenção Honrosa no Concurso FireBooks🏅 Crystal foi criada e educada para ser a princesa perfeita, equilibrada e futura Rainha de Valedo, porém ela não é nada do que todos esperam de uma princesa. - Eu não sigo regras, eu as faço e se necessário e...