Dean Winchester é um astro da música em ascenção, que por conta de seu público fanático é obrigado a manter as aparências. Algo que muda drasticamente ao conhecer Castiel Shurley, um renomado fotógrafo da cidade de Nova York. Onde abaixo dos escuros...
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O tom melódico do piano de cauda soava incessantemente durante a manhã, abafado pelas paredes daquele apartamento pouco iluminado. Tornando o levantar de Castiel um pouco atordoante, devido ao fato de não se lembrar de nenhum tipo de instrumento musical em sua casa até então.
— Mas...? — Estragando os olhos ao botar os pés no chão, ele viu que o outro lado da cama estava vazio.
Foi aí que resolveu sair do quarto para ir até lá embaixo, se enrolando em seu robe ao calçar as pantufas. Ainda mais curioso para saber o que encontraria ao descer as escadas, que de maneira inesperada o levaria a se questionar se o que estava vendo era real.
— Ah... bom dia, amor. — Esbanjando um alto astral incomum ao vê-lo, Adam afastou as mãos do teclado. — Estava tocando muito alto?
— Adam, de onde surgiu esse piano? — Confuso com o fato de aquilo não estar alí quando foi dormir, ele apertou o olhar ao se aproximar com passos solenes.
— O piano? Eu comprei. — Ele respondeu com simplicidade, o deixando ainda mais desacreditado em relação ao que estava vendo. — Algum problema?
— Nada, é só que... desde quando se interessa por música? — Cas então o fez mais aquela pergunta, que o deixou imóvel por alguns instantes.
— Desde sempre, é claro. — Sendo raso em sua resposta, Adam ergueu o queixo ao encará-lo. — Olha como eu toco bem!
— Isso tem a ver com ontem? — O deixando sem reação novamente, o moreno cruzou os braços ao encará-lo de sobrancelha arqueada.
— Claro que não, eu só queria sair um pouco da rotina. — Voltando a tocar as teclas lentamente, ele o olhou de canto.
— Adam, se forçar a ter algum tipo de interesse por música não vai fazer o seu pai mudar de ideia em relação a você. — O surpreendendo com aquele argumento honesto, Castiel acabou desmanchando o sorriso em seu rosto. — Isso não é você! Pare de tentar agradá-lo, porque ele não se passa de um babaca que não vale a pena.
— Por que você tem que ser assim, hein? — Retirando as mãos do piano, ele perguntou em indignação.
— Assim como? Realista? Sinto muito por tentar te fazer enxergar o óbvio. — Castiel não hesitou em poupar seu sarcasmo, o deixando ainda mais irritado do outro lado.
— Não! Tão... insensível! Eu acordei tentando não deixar aquilo estragar meu dia, mas aí veio você jogando na minha cara! — Ele retrucou ao deixar a cadeira, ainda se recusando a aceitar o que havia ouvido. — Sabe? As vezes eu me pergunto se você realmente tem coração.
— Oh... sério? Por que? — Castiel então apertou o olhar, tentando se manter firme perante aquela afirmação dolorosa.
— Isso mesmo! Você nunca sequer disse que me ama, sem eu ter te dito antes. — Falando sem nem sequer pensar nas consequências, Adam o levou a se manter estático ao ouvir cada palavra. — Sabe o que isso parece? Como se só estivesse respondendo por obrigação.
