Notas
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Inflo os pulmões, enquanto os sinto queimar. Tudo está morbidamente lento; No âmago da mente abrigo pensamentos ocos, sinto falta de ar, sufocando, mesmo respirando, mesmo inflando os pulmões que ardem junto ao meu corpo.
O coração bate, sinto seu palpitar, mas a carência de ouvir seu compasso me deixa ansiosa. Um sentimento amargamente comum, um veneno de nosso próprio pensamento, a faca de dois gumes que faz com que meu coração bata medrosamente, sem escolha, sem desejo, apenas demarcando cada segundo da vida, como uma chama ao vento, que dança e se debate tristemente a fim de existir e não se apagar.
Sinto o frio se instalar em meus ossos, debaixo da carne e entre minhas articulações, um tipo de frio que se hospeda e permanece em nossas entranhas, tragando lentamente nosso calor. Que reverbera dentro do corpo, como se fosse oco.
Observo meus arredores, mas não enxergo nada além da superfície, da rasura que compõem aquilo que me cerca, finalmente sinto meus olhos pesarem.
Meus pulmões se inflam.
Meu coração bate.
O frio se aprofunda mais nos ossos.
Os pensamentos se enterram mais na mente oca.
Finalmente a garota adormece.Garota que é mais silêncio do que garota.
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Desventuras de uma mente ansiosa
No FicciónApenas um relato de uma mente que nunca para de pensar, que por vezes se preocupa mais que o necessário.