Notas
As imagens utilizadas nesta publicação não são de minha autoria, créditos aos devidos autores.
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É. Muito. Difícil. Conversar. Com. As. Pessoas.
Sem motivo aparente, me vejo extremamente insegura ao responder qualquer pergunta direcionada a mim feita por alguém que eu não conheço a muito tempo. Sinto meu corpo entrar em um pequeno impasse; cada extremidade do meu corpo treme, sentindo o frio estagnado em cada mínima articulação existente e em meus pensamentos, congelando temporariamente minha habilidade de reação, mas aflorando ainda mais a oca mente que contempla meu ser.
Minha respiração, um pouco oscilante, me deixa em estado de alerta, como se o carrasco esperasse minhas últimas palavras.
Nesse momento, olhar para o chão parece mais acolhedor que o olhar das pessoas com que converso. Não leve-me a mal, mas quando meus olhos e os das outras pessoas se encontram, parece que elas revistam tudo que sou e o que não sou. Descobrem que sou frase, que não sou tão interessante quanto julgo ser; veem que tenho defeitos, veem que sou insegura.
Minhas palavras como um sussurro quebrado, quase como se eu evitasse desconfortável ao conversar. A voz sempre saindo mais baixa do que o esperado, mesmo eu querendo expressar o que penso.
Minhas mãos em movimentos repetitivos ao lado do corpo, para suprir aquela pequena ansiedade que consumia cada centímetro do meu ser.
Quando o silêncio invade a conversa sem ser convidado é a pior situação que se pode encontrar para uma cabeça que nunca para de pensar.
"Será que eu falei algo estranho?"
"Será que ela me odeia?"
"Eu chateei ela?"
"Eu disse algo errado?"
"Meu Deus, eu tenho certeza que eu deixei ela mal."
"Ela deve me achar uma Babaca."
No fim, acho que não é por que o exterior da menina é silencioso, que a menina em si é ou queira abrigar esse silêncio.
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Desventuras de uma mente ansiosa
Non-FictionApenas um relato de uma mente que nunca para de pensar, que por vezes se preocupa mais que o necessário.