30 de março
Hermione se remexeu no elevador, desejando que ele andasse mais rápido, mesmo com seu estômago revirando de forma desagradável. Ela normalmente evitava estar no Ministério tão tarde a todo custo; os corredores silenciosos e escuros a lembravam fortemente de sua malfadada missão no quinto ano.
Claro, no quinto ano ela nunca teria suspeitado que um dia iria para as celas do Ministério para resgatar Draco Malfoy, que era seu marido.
Um toque suave soou e a voz feminina anunciou que ela havia chegado ao seu destino. Seamus estava esperando no final do corredor parecendo atormentado.
— Harry disse que você poderia não vir e deixar o idiota aqui durante a noite — disse ele a título de saudação. — Você sabe que não precisa pagar a fiança dele, certo? Aquela coruja era apenas uma coisa rotineira para os parentes mais próximos.
— Eu sei — disse ela, olhando ansiosamente por cima do ombro dele. Ela não precisava ter se incomodado; as celas ficavam atrás de uma parede espessa de mármore preto, sem janelas. A porta era de madeira, também impenetrável e sem janelas.
— Como ele está?
— Yaxley está vivo, mas Malfoy deu uma surra nele. Harry está com ele no Mungos agora.
— Eu quis dizer Dra... Malfoy. Como ele está?
As sobrancelhas de Seamus se ergueram, mas ele não disse nada.
— Os punhos estão um pouco ensanguentados e ele tem olho roxo, mas nada grave. — Ele lançou-lhe um olhar longo e avaliador e depois continuou. — Você só precisa assinar a papelada e incluir o número no cofre de Gringotes, e podemos libertá-lo. — Outra longa pausa. — Ou podemos simplesmente mantê-lo aqui; Harry disse que você não está - bem, ele disse que se você não se importa, ele não se importa.
Hermione ignorou a oferta de Seamus.
— Em quantos problemas ele está?
— Malfoy? Se fosse outra pessoa, provavelmente um pouco. Mas visto que ele tem um assento no Wizengamot e galeões suficientes para contratar um bom advogado, ele provavelmente será multado.
— Uma multa? Por espancar um homem até deixá-lo sem sentido?
Simas encolheu os ombros.
— Ajuda o fato de Yaxley estar prestes a ir para Azkaban por envenenar você. Faz Malfoy parecer mais simpático, além disso, aposto todo o ouro do cofre daquele idiota que Yaxley se oferecerá para renunciar às acusações contra Malfoy se isso lhe garantir uma sentença mais leve.
Hermione lutou contra um arrepio de raiva ao pensar em Yaxley negociando para sair de Azkaban, mas no momento ele estava incapacitado e ela tinha problemas mais urgentes. Por exemplo, se ela deveria usar seu próprio dinheiro limitado para assinar com Draco ou apenas para usar o cofre dos Malfoy. Mesmo sem a herança, o salário anual do fundo era mais que suficiente.
Seamus pareceu ler sua mente.
— Use seu cofre; aquele idiota tem muito dinheiro.
Hermione assentiu e conjurou uma pena para assinar o pergaminho. Seamus a conduziu para dentro de um corredor escuro e úmido, ladeado por pedras ásperas lavradas. Aparentemente, o Ministério não via sentido em gastar galeões em mármore para aqueles que aguardavam julgamento ou transporte para Azkaban.
Draco estava na última cela à direita. Ele ainda estava com a camisa e as calças que usava antes, os cotovelos apoiados nos joelhos enquanto se sentava em um banco estreito no fundo da cela. Ele olhou para cima ao ouvir passos, mas sua expressão era ilegível. Sua camisa branca normalmente impecável estava amarrotada e coberta por um jato de sangue, mas seus olhos estavam claros e Seamus estava certo, ele não parecia estar ferido, exceto alguns nós dos dedos sangrando e um olho roxo.
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For The Best | Dramione
FanficEla usava aquela expressão de Granger, que dizia que ela ia intimidar alguém a fazer alguma coisa. Draco tinha um mau pressentimento de que seria ele. "Eu me caso com você", disse Hermione. "Não seja ridícula". "Não vou fazer isso de graça. Eu me c...