DantePrimeiro dia de aula. Quer dizer, não é o primeiro dia de aula para todos, apenas para mim e minha irmã. Vou confessar que nada parecia agradável para mim, minha mãe tinha que agir daquele jeito ontem. Fiquei com raiva pelo o que ela havia dito para Mia, o cabelo dela era lindo do jeito natural.
Mas o que habitava em mim não era só raiva… tinha uma pitada de curiosidade.Arthur, era um nome lindo, assim como o portador. "Não pera, Dante não!"
Ele era estranho demais, principalmente aqueles olhos trocados. Os dois com um estupido brilho que deixava qualquer um feliz, que podia fazer com que a pessoa se sentisse quente no dia mais frio do ano. Podia fazer com que o luto fosse embora de alguém que perdeu seu cachorrinho, que um menino que não ganhou um presente de natal voltasse a acreditar no papai Noel, que uma menina voltasse acreditar no amor depois da maior decepção amorosa da vida dela, que um senhor visse seus netos antes de ir embora, que… Como será que são os lábios dele?— Dante!? Tá' vivo!? — Beatrice me cutuca com o dedo, e sinto o carro balançar.
— Ah, oi Bea! Desculpe-me, eu estava pensando — eu ajeitei minha postura.
— Que susto Dante. Enfim, como você acha que vai ser a escola nova? — ela sorria gentilmente para mim. Eu amo a minha irmã, principalmente o jeito fofo, e dócil dela.
— Não sei Bea, talvez possa ser legal — eu tentei ser esperançoso, mas acho difícil gostarem de nós pelo problema de ontem.
Meus pais odeiam qualquer tipo de jovem que tenha algo que pareça, "do demônio", como eles dizem.
Minha mãe falou um bocado para uma menina ruiva ontem, só pelo seu cabelo cor de fogo. Mas infelizmente, eu não pude nem falar o que eu achava disso para eles, às vezes eu acho que meus pais querem que eu viva num tipo de "bolha". E nessa bolha, só tem o que eles querem, e o que eles gostam! Sempre foi assim, desde crianças, eu e minha irmã não podíamos brincar com as crianças do parque, pois “crianças do demônio ficam brincando no parquinho, enquanto as de Deus estudam o dia inteiro”. Então, dos meus 5 até hoje, eu só estudo o dia inteiro! Tirando algumas noites que eu fugia para fazer coisas que com toda certeza meus pais não aprovariam.— Dante! Vem, nós chegamos! — Beatrice me puxa para fora do carro.
Eu não reluto, apenas a sigo.Havíamos chegado na escola. Era até bem grande, para uma cidade pequena.
Tinha umas mesas fora da escola, e alguns alunos sentavam lá, pareciam esperar o tempo de aulas começar. Atrás dela parecia ter uma quadra fechada, era bem grande também. Isso dava um pouco de dor em mim, eu nunca gostei de educação física.— Crianças! Vocês já sabem as regras, não é?— Meu pai olhava severamente de dentro do carro. Eu odiava o fato de meu pai não falar muito na nossa relação, mas sempre que tentava era com ameaças.
— Ok pai — peguei o braço de Bea e sai rápido dali, não queria ouvir mais nada.
— Dante, eu sei que você não gosta dos nossos pais, mas não precisa apertar meu braço — eu parei instantaneamente quando ouvi ela falar.
— Desculpa, desculpa, desculpa! Eu não queria te machucar irmã — eu a soltei e fiz um pequeno carinho no local.
— Tá tudo bem Dante! Vem, vamos — ela sorri, e vai andando na frente.
A escola era tão grande que eu acredito que mal notaram a gente. Tinha vários adolescentes diferentes, e muitos casais "interessantes" se posso assim dizer. Eu e Bea vínhamos de uma escola comandada por uma igreja, então era muito difícil ver casais tão livres daquele jeito. Eu e minha irmã andamos pelos corredores à procura dos novos armários, e também das listas de sala. Os corredores tinham alunos fazendo todo tipo de coisa, uns riam de alguma piada engraçada, outros pintavam seus armários, outros faziam… bombas???
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"Meus pais te odeiam"- Danthur
Fiksi Penggemar"Meus pais não gostam de você Arthur" foram as seguintes palavras que eu ouvi naquela tarde pelo meu amado. "Que bom que estou me apaixonando pelo filho deles e não por eles, né?" vejo o semblante dele mudar de tristeza para vergonha, como eu amo me...