Como proprietário de uma pousada na mais remota das Ilhas Britânicas, Louis Tomlinson está acostumado a passar a metade mais fria do ano em completo isolamento, com seu cachorro e o mar como únicos companheiros. Até que, um dia, um estranho misterio...
No final da tarde, alguns dias depois, Louis aparece no topo do farol no momento em que o céu começa a escurecer. Harry está sentado no chão com as costas pressionadas contra o sofá, uma de suas longas pernas estendidas à sua frente, a outra dobrada, o caderno que Louis quase nunca o vê sem, descansando em sua coxa enquanto ele cantarola para si mesmo e escreve seja o que for, ele está sempre rabiscando. Ele está vestindo jeans claros novamente, com a barra dobrada e os pés protegidos por meias de lã cinza com uma fina faixa vermelha no tornozelo. Há rasgos em seus joelhos, a única indicação de que não é o mesmo de antes, o material desgastado de alguma forma cativante. Parece ser um traje adequado também, não um daqueles da moda que foram pré-desgastados para fins estéticos, como se Harry o usasse repetidamente e não parasse mesmo agora que ele está se desfazendo. Ele também está usando um dos suéteres favoritos de Louis, um que ele claramente tirou do baú da sala onde Louis o deixou após lavar a última pilha de roupas sujas. É sempre um sucesso entre os hóspedes, azul escuro com um padrão peculiar de sapos, cinco fileiras de grandes anfíbios verdes decorando-o em ambos os lados. A mãe de Louis comprou para o farol em sua cidade natal alguns anos atrás, encontrou em sua loja de caridade favorita e enviou para ele no dia seguinte, ansiosa demais para esperar até que eles se vissem pessoalmente para entregar a ele. Louis riu quando abriu o pacote, incapaz de resistir a colocá-lo imediatamente. Sempre foi um pouco grande no corpo mais magro de Louis, mas se encaixa perfeitamente no de Harry, abraçando seus ombros largos impecavelmente.
Depois de um segundo observando silenciosamente, fica bem claro que Harry não o ouviu entrar, tão perdido em pensamentos que a chegada de Louis nem sequer foi registrada por ele. Sentindo-se um pouco assustador só de estar ali em silêncio, Louis pigarreia antes de dizer um "oi" baixinho para cumprimentá-lo.
Harry olha para cima para o som, dando a Louis um simples aceno de cabeça em resposta antes de voltar para o seu diário.
"Tudo bem se eu..." Louis para quando Harry olha para cima novamente, mostrando a ele a antologia de contos escoceses que está lendo e apontando para o outro lado do sofá em vez de se explicar.
Harry acena com a cabeça novamente, oferecendo a Louis um pequeno encolher de ombros antes de desligar a sala inteira novamente no segundo em que seus olhos estão de volta a página. Ele claramente não parece muito incomodado com a presença de Louis, o que é um alívio, considerando que eles terão que coexistir por alguns meses e Louis certamente não está pronto para desistir de sua visão favorita do mundo por um hóspede. Até mesmo por alguém que pagou por uma estadia tão longa.
Louis vai até a única luminária da sala, acendendo-a e sentando perto dela no sofá, do lado oposto do cantinho de Harry. Ele tem uma boa visão de seu perfil sério, de todas as microexpressões piscando em seu rosto enquanto relê o que acabou de escrever, tamborilando com a caneta nas páginas de seu diário, o pequeno tap tap tap ainda sendo ouvido sob a tempestade lá fora, misturado com o som da chuva batendo nas janelas.
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