Um pouco do que está por vir
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Era o prelúdio do caos. Ao receber a mensagem de que Harry estava em perigo no Departamento de Mistérios, ninguém imaginou que seria um ataque tão cedo dos comensais da morte. Mas estávamos errados e logo nos lançamos em batalhas cegas. Meu único objetivo era proteger Harry, não importava como.
Avada Kedrava! — Foi tudo que consegui ouvir antes de me lançar no caminho do feitiço verde na direção do meu afilhado. Depois disso só lembro do alivio que me tomou e do pânico em lindos olhos verdes a minha frente. Quem lançou isso? Aquela voz era familiar... Bella. Minha prima me matou!? A vadia filha de uma cadela tentou matar meu afilhado!
Tudo ficou branco tão de repente que foi quase cegante. Eu não sinto o solo sob meus pés, mas sei que estou fixo no lugar. Nem sinto que estou flutuando ou caindo, mas não em solo firme.
Você deve voltar e reparar os erros cometidos aos inocentes. — Uma voz distorcida ecoou com uma ventania soprada.
Proteja-os. — Disse outra voz, essa mais suave, mas igualmente distorcida.
Vingue-nos. — Essa voz parecia tão familiar e acolhedora que lhe causaria lágrimas se fosse possível.
Cuide de Harry. — Essa ela reconheceu e quase foi capaz de ver madeixas ruivas.
Então tudo ficou escuro e a próxima coisa que eu registrei foi estar no meu apartamento, na minha cama.
— Estou vivo. — Murmurei para mim mesmo ao me apalpar numa verificação. Levantei abruptamente e corri para o banheiro. O reflexo que me saudou no espelho era alguém que eu não conhecia mais. Meu eu mais jovem. Voltei para sala ainda atordoado e procurei o jornal. — Oh merda. —
No jornal dizia 31 de outubro de 1981. Olhando para a hora eu saí correndo. Não havia razão para ir verificar o rato sujo, ele já havia nos traído. Mas eu podia mudar as coisas. Foi o que a primeira voz disse. Reparar os erros aos inocentes. E se a voz de Lily foi sobre Harry, então eles já se foram.
Os inocentes são Harry e eu. — Pensei com tristeza, mas determinado a não deixar as coisas acontecerem novamente. — Irei cuidar dele Lily, eu prometo. — Sussurrei em promessa enquanto saia do prédio e aparatava em Godric's Hollow. Aterrissei na entrada do vilarejo, lancei desilusão sobre mim e camuflei meu cheiro e pegadas. O rato com certeza estava por perto, pois segundo Harry ele tinha a varinha de seu mestre.
Corri o mais rápido que pude, desviando dos galhos e um ou outro trouxa fantasiado. Cheguei quase sem fôlego a frente da casa, como imaginei o estrago já estava feito, mas havia vozes lá dentro e um clarão verde no andar de cima atravessou a janela.
— Harry. — Corri tão rápido que mal senti minhas pernas e pude ouvir o choro de bebê. Ao subir as escadas senti a magia do rato cretino nas sombras do quarto. Com dois feitiços silenciosos um congelante e um atordoador, nocauteei o traidor e o trouxe de volta a sua forma humana. — Quero ver você sair dessa, seu filho da puta. — Xinguei algo que aprendi nas incursões do mundo trouxa.
Fui direto em direção ao meu afilhado e o distrai, tapando sua visão do corpo sem vida de sua mãe.
— Vai ficar tudo, prongslet. — Sussurrei lhe fazendo carinho.
Eu sabia que o Hagrid estaria aqui logo, mas não poderia seguir os mesmos passos de antes. Não vou deixar meu afilhado ir para o mundo trouxa dessa vez, nem ser cultuado como herói diante de sua perda.
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Black Crown - Secrets n' Revenges
FanficAo voltar e começar a reescrever a história, ele se depara com uma realidade inesperada e perigo eminente. Mas ele jurou pela magia que vai fazer o impossível para proteger seu filho.