What Was Stolen From Us

Somos um monte de nada sentindo tudo

Notas: Esse capítulo é um presente de aniversário atrasado pra minha amiga Kimgrafferty ! Ela tem sido minha maior motivação pra continuar com essa história, então essa cap também é uma forma de agradecimento por tudo, principalmente pela sua amizade. Te amo, e espero de verdade que goste!❤️

Ps: Sobre os capítulos envolvendo o passado de Donna e Harvey, que irá explicar o motivo da separação de ambos anos atrás, serão intercalados. Decidi não por tudo de uma só vez, ir devagar, instiga-los mais um pouco.

É isso, tenham uma boa leitura e obrigada a cada um que tá acompanhando!💓💓

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"O amor não conhece sua própria intensidade."
Khalil Gibran

Pov's Donna

Abro meus olhos preguiçosamente, ainda considerando se devo ou não acordar. Ainda me sinto sonolenta, extremamente cansada. Quero dormir. Só quero apagar e acordar quando estiver um pouco mais disposta. Encaro a janela aberta, tendo a companhia da luz da lua e sendo ela, a única iluminação daquele quarto. Noto a cortina balançar suavemente por conta da corrente de vento que se infiltra no ambiente. Ao virar para o lado, uma dor esmagadora no corpo me invade de tal forma que acabo grunhindo. Porra, o que é isso? Por acaso um triturador passou por cima dele e me destruiu até os ossos?

Gemo, afundando meu rosto e apertando minha mão contra o travesseiro. Arfo pesadamente quando sinto um cheiro agradável e familiar invadindo minhas narinas. Isso causa uma êxtase intensa a ponto de me fazer esquecer, mesmo por um curto período de tempo, o quão dolorosa eu estava. É tão bom. Conheço esse cheiro de algum lugar, mas não me lembro de onde.

Desisto do raciocínio e viro minha cabeça para o lado, me forçando a abrir os olhos. Encaro o relógio sobre a mesa de cabeceira. São 2:00 da manhã. Olho ao meu redor. Estou no quarto do Harvey.

Puta merda, estou no quarto do Harvey!
Esse cheiro é do Harvey!

Levanto-me em um estalo pela noção repentina que me atinge, o que acabou sendo algo realmente desnecessário. Afinal, isso só me causou a necessidade de pressionar minhas mãos na testa quando senti tudo ao meu redor girar e minha visão de repente escurecer. Merda, uma queda abrupta na pressão devido ao movimento repentino agora é sacanagem. Respiro fundo, mantenho os olhos fechados e me jogo contra a cabeceira, inclinando minha cabeça sobre ela na tentativa fracassada de assimilar o que diabos estava acontecendo e o que exatamente eu estou fazendo aqui. As imagens me alcançam completamente borradas, me deixando mais confusa do que já estou.

Ótimo! Estou deitado na cama de Harvey e nem sei porquê. Parabéns, Donna Paulsen! Você consegue ser fodidamente inacreditável.

Enrosco meus dedos no cabelo e exalo, sentindo uma sensação de boca seca e a necessidade de beber água se torna cada vez mais indispensável. Preciso fazer algo sobre isso. Ponho as mechas para trás da orelha e agarro o edredom que me cobre, o jogando para o lado, colocando meus pés para fora da cama. Apoio as mãos no colchão a cada lado no meu corpo e me ponho de pé. Dou uma última olhada ao redor e saio do quarto, caminhando pelo corredor até encontrar as escadas e descê-las. Ando pelo lugar sem muita dificuldade porque não é um ambiente estranho para mim. Eu vim aqui no passado, muitas vezes, passei boa parte do meu tempo com Harvey, então minhas visitas ao apartamento dele foram, digamos, frequentes. O que significa que eu conheço cada canto deste lugar como a palma da minha mão.