Mudanças.

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    🏳️‍🌈

   Kyle on

   Havia se passado exatamente 2 anos desde o ocorrido com a Wendy. Stan conseguiu lidar bem com isso, muita coisa mudou desde aquela época, nada mais rolou entre a gente, nada além de umas trocas de olhares aqui e ali. No segundo ano do ensino médio eu me tornei o capitão do time de basquete do colégio, Stan parou de beber com muita frequência, mas de vez em quando ainda bebia,Os pais de Kenny haviam sido presos, assim deixando seu irmão mais velho Kelvin, no comando, o mesmo que trabalha e conseguiu uma bolsa para entrar na faculdade de medicina, e Kenny tira uns bicos nas lojas para ajudar seus irmãos. E pelo que perece Kenny e Butters estão ficando, mas nenhum dos dois deixa isso explícito. Cartman gosta de Butters, desde o primeiro ano do ensino médio, este que acabou por me contar no fim, e eu confesso que o ajudei em tentar conquistar-lo, mas falhou miseravelmente. Afinal, Butters ama pra caralho Kenny, me pergunto quando os dois vão namorar.

   Hoje em dia, eu e meus amigos estamos no último ano, quase para entrar na faculdade e seguir nosso rumo na vida, nem parece que éramos quatro crianças que só faziam merda e paravam em outro país. Muitos de nos já sabemos qual curso queremos em meu caso, irei para a faculdade de Direito, sendo um advogado como meu pai. Stan ainda não sabe, Kenny também vai para a faculdade de Direito, e no final para fazer pós graduação para a Polícia. Cartman.. bem, ele não sabe também.

   Nesse momento eu estava deitado em minha cama, terminando uma redação, quando chega uma mensagem de Stan, mesmo achando estranho, já que passava das duas da manhã, Stan teve o hábito de dormir cedo quando se livros das bebidas, ao abrir a mensagem, vejo um áudio de Stan.

" Ei! Kyle! Eu estou em frente a sua casa! Abra a porta."

  Quando o áudio chega ao seu fim eu saio de meu quarto, andando a passos rápidos pela casa – fazendo o mínimo de barulho possível para não acordar meus pais nem Ike – vou até a porta, a abrindo encontrando o loiro lá, a minha espera.

— Eai cara! – Ele usava o seu mesmo gorro azul e vermelho com o pompom também da mesma cor, este que possui desde que me entendo por gente. Sua jaqueta marrom agora era um moletom vermelho, ele sorri travesso para mim, já sabia que havia aprontando algo.

— Caralho cara, o que você faz aqui tão tarde? – Eu o questino emburrado, eu poderia estar acordado, mas era estranho aparecer na porta de alguém nesse horário.

— Olha só o que eu tenho aqui.. – Stan levanta uma caixa de cerveja, ainda com o sorriso travesso estampado em seu rosto.

— E até onde você quer chegar com isso?

— Simples, aceita ir beber comigo no meu carro, sem rumo algum? – Eu penso bem antes de responde-lo, os anos podem ter passado, mas eu ainda quero manter a fama de filho perfeito. Mas não acho que isso mataria.

— Deixe-me pegar o meu casaco. – Eu corro até meu quarto, mas tendo o cuidado de fazer o mínimo de barulho possível, pego a minha jaqueta laranja com detalhes verdes, a colocando-a, descendo novamente, vendo Stan no canto da porta me esperando. – Vamos.

Caminhamos até a Hilux de Stan, quando entramos sinto um puta cheiro de cigarro, mas não comento nada, apenas o olho e digo:

— Para onde diabos a gente vai?

— Eu já disse, vamos beber em algum lugar que achamos confortável, não temos um rumo. – o loiro dá uma piscada para mim, pisando fundo no acelerador, confesso que até me assustei, odiava andar de carro com Stan, ele parecia louco dirigindo. Com os olhos fixos na estrada, Marsh pega uma lata de cerveja, a abrindo-a com a boca e me entregando, logo depois abrindo uma para ele.

Foi Apenas Um Beijo Onde histórias criam vida. Descubra agora