Um Diário Sobre o Inferno

II.

Mesmos tw do capitulo passado, e nao ta revisado pq fiquei com preguiça muac

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Andei até a porta do quarto calmamente, e enquanto o fazia, pude jurar escutar passos para longe, quando cheguei ao batente, busquei por qualquer sinal de alguém que estivesse alí, mas nada encontrei, então dando de ombros, voltei a descer as escadas até o salão, assim como havia feito mais cedo. Ao chegar na sala de jantar, encontrei todos a mesa assim como antes havia os deixado, mas desta vez, meus olhos não foram especificamente apenas a Saul, mas viajaram por toda a mesa, e assim que os encarei minuciosamente em silêncio, pude identificar quem era cada um deles. E mesmo que quase todos possuíssem sua aparência mudada, chegando até mesmo a parecer mais jovens, eu nunca me enganaria sobre suas identidades.

Havia um jovem, com uma moça ao lado, esta que tinha cabelos escuros e escorridos, junto de uma pinta abaixo de seus olhos, e quanto ao jovem, seus fios de cabelo eram ruivos e curtos, a aparência de ambos era jovem, diferente da última vez que os vi, mas sem sombra de dúvidas, aqueles eram Acabe e Jezabel. Ao lado dos dois, estava um jovem de cabelos loiros, parecia estar por volta dos quinze, o que achei cômico dado que quando vivo, aquele cometera o pecado da luxúria, mas era realmente pertinente, que se tornasse como uma alma pura, mesmo que no inferno, eu podia ver o seu sorriso largo e seus olhos brilhantes, certamente: Sansão. À direita de Sansão, estava Tamar, com seus cabelos castanhos como seus olhos, e fios curtos mostrando o quanto a sua estadia no inferno, não era realmente merecida, pois mesmo quando a vi morrer, eu podia enxergar a coragem em seus olhos. Em frente a ela, estava Salomão, com seus belos olhos verdes, cabelos castanhos, e uma sabedoria que eu nunca fui capaz de encontrar alguém igual. E por fim; Judas, o homem que traiu Jesus, o que se arrependeu do seu feito, e tirou a própria vida, eu o observei, estive com ele, estive com seus cabelos escuros, olhos claros, e em frente aos seus óculos.

Se Nikolai me perguntasse novamente, se eu senti falta deles, eu responderia sim sem qualquer dúvida pairando em minha mente.

Andei ao local onde estivera eu sentado antes, e ao lado deles, me sentei.

— Sinto que devo apresentá-los agora, já que voltou — Lilith se pronunciou, levantando-se de seu assento com um sorriso aconchegante.

— Como imaginei, não prestaria atenção neles ao principio, mas Kolya nos fez um favor de trazê-lo novamente — Fyodor desta vez quem dissera, também sorrindo. Intercalei meu olhar entre os dois, pousando por fim em Agatha.

— Bem, o garoto ruivo e a moça ao seu lado, é Tanizaki e Naomi. O garotinho de cabelos loiros, Kenji. A moça de fios castanhos, Yosano. O de cabelos castanhos dos olhos verdes, Ranpo, e o outro, de óculos e cabelos escuros, é Ango. E bem, Dazai você já conhece. — Apontou para Saul com o cachimbo que obtinha em mãos. — Deve conhecê-los por nomes diferentes, mas me atrevo a lhe dar o aviso — falou, dirigindo-me o olhar sério em contraparte ao seu sorriso tranquilo. — Aqui é devidamente deselegante se referir a uma alma, com o nome que lhe foi dado em terra, e em batismo. — Olhei-a em seus olhos, e em seguida acenei positivamente com a cabeça.

— Escutamos sobre você — Ango interrompeu, sorrindo de forma contida, involuntariamente sorri para ele de volta. — Soube que você esteve ao nosso lado, enquanto estávamos em estadia na terra.

— A todo momento — as palavras fugiram de meus lábios de forma voluntária, e em seguida, as recolhi, forçando meu sorriso a desaparecer.

— Então, era óbvio — Dazai se pronunciou, olhei-o, e ele sorriu de forma diabólica novamente, fazendo um leve arrepio passar por minha espinha. — Me permite dizer algo? Anjo? — questionou, ajeitando sua postura, com um garfo em sua mão direita, enquanto o levava a boca junto de um pedaço de carne. Eu acenei com a cabeça lentamente, e ele pareceu satisfeito, tanto com o aceno, quanto com a carne. — Você foi forjado pelo pecado — soltou com uma facilidade que me fez recolher qualquer palavra. Prendi o ar, e apertei os meus dedos contra minha palma. Nikolai havia dito algo como isso mais cedo.