𝐌𝐄𝐔 𝐌𝐄𝐈𝐎 𝐈𝐑𝐌𝐀̃𝐎 ~ 𝐊𝐚𝐭𝐬𝐮𝐤𝐢 𝐁𝐚𝐠𝐮𝐤𝐨𝐮

Capítulo 5

O despertador toca e resmungo sentindo a dor de cabeça e o cansaço me atingir. Coço os olhos e lentamente os abro, vendo que não estava no meu quarto. Não sei como eu vim para aqui e nem por que estou aqui, mas deve ter um bom motivo para isso. Chequei se estava com todas as peças de roupas e me levantei. Peguei meu celular que estava no criado mudo , e fui para o meu quarto. Katsuki estava sentado na cama mexendo no celular, e quando entro seus olhos vão até mim e em seguida volta para o celular.

-Oi, Bom dia.- Ele me olha novamente e me ignora.- Por que eu estava no seu quarto?- Me escoro no batente da porta e o mesmo me analisa com o olhar.

-Não se lembra de nada de ontem a noite?

-Só lembro de jogar verdade ou desafio com as meninas. Aconteceu alguma coisa? - Me aproximo da cama e me jogo sentindo minha cabeça latejar.

-Não, nada.- Ele respondeu rápido.

-Essa resposta foi muito rápida.- Digo rindo.- Se eu fiz alguma coisa pode me falar.

-Não aconteceu nada Mia. Você só bebeu de mais.- Ele diz ignorante e sai do quarto.

Olho o celular novamente e vejo que estou atrasada pra faculdade. Até iria , mas minha cabeça está explodindo. Desço as escadas indo até a cozinha procurar um remédio, e dou de cara com Mitsuki.

-Bom dia, não vai ir pra faculdade?- Ela me analisa.

-Não. - Resmungo.- Acabei exagerando na brincadeira com as minhas amigas.

-Entendi.- Ela ri.- Quer um chá? Eu tenho um tempinho antes de ir pro trabalho.

-Não precisa. Acho que só quero um remédio pra dor de cabeça.- Ela vai até o armário e pega uma maletinha transparente com a tampa vermelha e me entrega uma cartela de remédio.- Obrigada.- Sorrio pra ela

-De nada meu amor.- Ela me olha e sem seguida da um suspiro.- Mia, eu sei que você e o katsuki não se dão muito bem. Mas, você saberia o por que dele estar estranho e ignorante?

-Ele não é sempre?- Ela ri do meu comentário.

-Sim, mas dessa vez está diferente. Ele e os amigos estavam bem estranhos ontem, e do nada eles foram embora, só despediram de mim e não falaram com o Katsuki. E ele não me respondeu hoje.

-Não sabia que os meninos tinham vindo ontem.- Achei que era sonho ter visto o Kiri ontem.- Ele normalmente é ignorante comigo, então não percebi mudança no jeito dele. Eles devem ter tido essas briguinhas de amigos.

-Verdade, não vou me preocupar tanto assim.- Ela olha o relógio novamente.- Bem, acho que deu minha hora. Um beijo querida.- Mando um tchau pra ela e a vejo se afastar.

Os meninos tinham brigado? Isso é novidade. Nesses tempos que eu estou aqui, as "brigas" deles eram apenas o Katsuki puto, e os meninos rindo dele. Espero que não seja nada sério.

Já estava a um tempinho sem conversar com a vovó, então liguei pra ela e aproveitei pra contar o que ocorreu nesses dias. Contei da faculdade, da bebida, das amizades, enfim , contei sobre tudo. Até o quase beijo entre mim e o Katsuki. Vovó disse que isso se chamava sentimento enrustido, e como nenhum dos dois sabem realmente como os sentimentos funcionam, a gente age assim. Eu descordo dela completamente. Posso não saber expressar meus sentimentos, mas sei diferenciar o que é gostar e odiar. Katsuki é o tipo de pessoa complicada que ninguém chegaria perto, e eu sou o tipo de pessoa que não chegaria perto. Tirando aquele quase beijo na alfaiataria, nós não temos nada, e nem vamos ter. Vovó apostou que eu ainda vou tomar vergonha na cara e vou perceber as coisas. E novamente eu discordo.