capítulo 6

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Quero que retire todos os meus bloqueios.

– Não será possível.

– Porquê não ?

– São dez bloqueios senhor Potter ,tantas remoções poderiam ser perigosas para sua vida.

– Então quantas eu posso tirar agora mesmo ?

– Cinco , podemos tirar cinco sem arriscar seu bem estar.

O garoto olhou o pergaminho e pensou seriamente.

– Desfaça todos das datas de 1987 e 1996

Ragnok assentiu e estalou os dedos , um duende apareceu logo depois e Harry o seguiu para uma sala com apenas um círculo mágico e uma maca.

Ele foi instruído a ficar nú e deitar na maca e assim o fez.

– O senhor sentirá uma pequena dor e então irá apagar ok ?

Ele concordou e então sentiu a pior dor que já tinha sentido na vida , gritou alto e então perdeu a consciência.

Abriu os olhos e não sentia mais dor , olhou ao redor e sentiu seu coração apertar ao ver sua mãe.

Viu seu eu pequeno no colo dela e seu pai sorrindo para os dois.

Vamos querido , nosso Senhor nos aguarda.

Ela colocou Harry no chão.

– Filho vá até aquela tapeçaria que você gosta , só precisamos de alguns minutinhos.

– Posso pegar uns Mufins na cozinha antes ?

– Hahahaha pode sim meu amor.

Ela deu um beijo na testa do menino e então entrou no cômodo à frente , o garoto seguiu até a cozinha e pegou um Mufin da mesa.

De repente sentiu uma enorme onda de magia passar por ele e ouviu o grito estridente de sua mãe,  correu em direção a onde ela se encontrava e entrou de supetão na sala.

Viu seu pai no chão e sua mãe encima dele chorando , ouviu passos atrás de sí e viu um homem de preto entrar.

– O que houve Lilian?

– Ajude-o Severus , por tudo que é mais sagrado ajude-o.

Implorou a mulher com a voz rouca e desesperada,  então ela parou e olhou para as mãos do recém chegado.

Ela arregalou os olhos e o olhou o ódio.

– FOI VOCÊ SEU TRASTE INÚTIL ! VOCÊ FEZ ISSO COM ELE !

Severus negou com a cabeça e tentou se aproximar mas ela se afastou.

– Lili por favor me escuta.

– NAO ME CHAMA ASSIM ! todos esses anos eu achei que tinha superado .... mas ao invés disso você matou meu marido ! achou que me conseguiria só porque ele está morto ? está errado ! não voltaria com você nem se fosse pra salvar a minha vida!

Um tapa estalado foi desferido em seu rosto.

– MAMAE!

Gritou o mini Harry antes de correr até a mãe.

– Mamãe você tá bem ? PORQUE FEZ ISSO COM A MINHA MAE ? SEU MONSTRO!

Lilian abraçou o filho e acariciou seus cabelos a fim de o acalmar.

– Tá tudo bem , a mamãe tá bem meu amor.

– Mate-os.

Ordenou Dumbledore finalmente se pronunciando do fundo da sala.

– Não era nosso acordo !

– Acha que ainda vai conseguir tê-la para sí ? ela te descobriu Snape , mate ela e a criança antes que alguém descubra.

– Não vou matar ela ! se quiser eu mato a criança mais ela não!

– Não seja estúpido Snape.

Enquanto os dois discutiam Lilian tocou uma pequena tatuagem em seu pulso , com cuidado ela tirou uma capa dela.

Em puro silêncio ela cobriu a criança em seu colo com a capa , tocou o pulso dele e suspirou franzindo a testa e fechando os olhos  parecendo com dor,  abriu seus olhos e disse bem baixinho.

– Corra o mais rápido que puder e o mais longe que conseguir , eu te amo Harry, por favor .... viva!

Foram as últimas palavras que ouviu sua mãe dizer, ele fez como sua mãe mandou e correu o mais rápido e longe pôde.

Mas o que uma criança de seis anos poderia fazer contra adultos bruxos ? a última lembrança que tinha era de Severus o pegando pelo colarinho e o jogando com força no chão.

Depois que a memória terminou ele começou a sentir uma coceira na língua era irritante e incômoda, quando ela passou ele respirou fundo aliviado e então sentiu algo o preencher.

Aquela sensação era nova e incrivelmente boa , como se tivesse sendo completo.

Sentiu falta quando ela foi embora , seu corpo começou a pinicar de repente e era como se dezenas de insetos estivessem rastejando por sua pele.

Quando aquilo finalmente acabou ele respirou fundo e então abriu os olhos , estava naquela mesma sala de antes.

– Está feito.

Ainda meio atordoado o garoto se vestiu e foi acompanhado para o cômodo ao lado onde sua tia o esperava.

– Como se sente anjinho ?

Perguntou com a voz e a expressão preocupadas.

– Estou bem tia .... vamos pra casa , tenho muito a lhe dizer.

Assim que chegaram na Malfoy manor ele contou tim-tim por tim-tim para a tia , quando terminou pôde ver a tia fervendo de ódio.

Ele não a culpava , afinal ele tinha ficado desesperado assistindo a memória , o resto do feriado foi gasto arquitetando um plano para acabar com a imagem de Dumbledore e o fazer perder tudo.

The little angelOnde histórias criam vida. Descubra agora