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— Filho, filho está me ouvindo!? Filho, estou em tormento, eu preciso de ajuda. Filho, não se deixe enganar por esse monstro. Ele não quer e nunca quis o seu bem. Não deixe ele te morder ou você será capacho dele para sempre! Não deixe! Esse monstro precisa morrer e então eu estarei em paz.

Despertei suado e confuso. De novo esses sonhos? Senti uma mão no meu ombro e meu corpo sendo puxando para seus braços.

— Você está tendo sonhos com frequência,  não é?

— Sim! Você consegue sentir?

— Sim, eu sinto a sua angústia. Está tudo bem! Estou aqui! — Taehyung me abraçou e beijou meu ombro.

Porque esses sonhos com minha mãe me deixam tão confuso? Porque ela diz que está em tormento? Depois de tudo o que aconteceu entre Taehyung e eu naquele salão, semana passada, eu não consigo mais pensar em sua morte. O amor que eu tenho por ele é inexplicável, agora eu consigo sentir a dimensão do sentimento que Jimin falou para mim tantas vezes. Eu o amo demais. Não posso viver longe desse amor e de Taehyung, eu morreria.

Voltamos a nos deitar e eu me aconcheguei melhor em seus braços. Com certeza já era dia, mas o quarto de Taehyung estava todo fechado e escuro. Senti ele acariciando minha nuca e pensei em um assunto delicado que precisávamos conversar.

— Tae, porque não falamos sobre me transformar?

— Porque você já disse que não quer, então, eu vou respeitar sua decisão.

— Mas agora tudo mudou...

— Mesmo assim eu não vou te obrigar a fazer isso. Você tem que querer, por livre e espontânea vontade. — Eu levantei meu rosto para olha-lo mesmo naquela completa escuridão. Na verdade, eu ainda me sentia muito confuso sobre esse assunto. Uma parte de mim, queria ser dele por completo e outra parte, não.

—  Eu sinceramente não sei o que fazer!

— Não se preocupa com isso. Está tudo bem. O que importa é que estamos juntos. — ele pegou meu rosto e beijou suavemente meus lábios.

—  Eu quero ser seu por completo e para sempre. Mas eu ainda não me sinto preparado. Entende?

— Claro que sim! É um universo completamente diferente de tudo o que você já vivenciou. Mas eu só quero deixar claro que o nosso amor é imortal, não importa quantos séculos se passem, ele vai sempre existir. Não precisamos de pressa. — eu me inclinei em cima dele e nos beijamos novamente.

— Você acredita que o nosso amor é capaz de existir, mesmo em outras vidas?

—  Enquanto não vivermos a felicidade plena que o destino nos reservou, nosso amor vai continuar existindo, mesmo em outras vidas. Eu acredito! — Eu toquei seu rosto.

— Como eu pude dizer que te odiava? — ele sorriu e me abraçou forte e eu resmunguei — Vai com calma, você é bastante forte.

— Desculpa! — Ele afrouxou seu abraço — Mas eu sei que no fundo você nunca me odiou, o que você tinha era raiva de me amar tanto. Agora você entendeu isso. Você é completamente louco por mim, assim como eu sou por você. Como duas partes separadas que se encaixam, tornando-o um só. Diante disso, preciso de dar o símbolo da nossa união.

— Símbolo? — Ele me beijou e deu um jeito de se levantar da cama. Afastou as cortinas, a claridade entrou mas ainda assim era fraca. Ele abriu a última gaveta do criado mudo ao lado da cama.

— É uma jóia de família, muito importante. Meus tiveram uma igual. — Ele estava com uma caixinha e logo abriu, apareceu dois colares, eram lindos e diferentes.  Cada colar tinha duas pedras, uma maior e outra pequena, em cores verde e vermelha.

Prometido ao Rei Onde histórias criam vida. Descubra agora