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Enquanto eu andava pelas ruas do reino, eu ia cumprimentando as pessoas. Eu era conhecido por todo o reino. A maioria me chamava de Hobi, e eu adorava.
Desde que eu me entendo por gente, eu vivo nesse reino com minha mãe. Aqui, foi onde a gente encontrou um lar e conseguiu viver com dignidade.

A história desse reino já foi muito triste, por ser uma terra farta, onde tudo que se planta dar, houve muitas invasões. Outros reinos queriam esse lugar, mas esse povoado lutou bravamente contra tudo e todos e hoje, vivemos em paz. Ninguém ousa entrar nesse reino. A história que se conta é que temos uma proteção sobrenatural.

— Hobi...— eu parei de andar ao ouvir meu nome. Me virei e era Jimin. Meu melhor amigo.

— Oi Jimin, tudo bem? — ele assentiu.

— Como você está!?

— Estou bem! E você?

—  Curioso! Hobi, se esse reino tem um rei, por que nunca vemos ele?

— De novo, você com essa história? — eu continuei a caminhar e ele me acompanhou.

— Você não acha isso muito estranho?

— Não acho! Talvez ele só queira privacidade. O importante é que o reino está a salvo com ele.

— Hobi, a lua de sangue acontece daqui a dois dias. — Eu parei e olhei para Jimin. — Você sabe a história do rei, não sabe?

— Eu sei, Jimin. E não quero conversar sobre isso.

— O próximo é você, não é? — eu o olhei. — E depois, sou eu! Eu não quero ir, Hobi. Não quero!

— Jimin, você não deveria estar preocupado com isso. Sua vez ainda vai custar a chegar. — ele me olhou com aqueles olhos fofos.

— Você não está com medo?

— Jimin, eu cresci ouvindo essa história. Todo jovem virgem deve ser entregue ao rei, na lua de sangue. Foi o acordo, não foi? Então, precisa ser cumprido.

— Você sabe que não tem volta, não é? Você vai ficar no castelo para sempre! — Eu desviei o olhar.

— Se esse é o meu destino, Jimin. Eu não posso fazer nada. Pelo bem desse povoado e da minha mãe, eu aceito o meu destino. — Ele me abraçou.

— Você é iluminado, Hobi! Eu vou sentir tanta falta de você!

— Eu também, Jimin! Agora eu preciso ir, minha mãe está me esperando. A noite, a gente conversa.

— Tudo bem! Cuidado!

Eu sorrir e continuei meu caminho até chegar em casa. Minha mãe estava numa certa idade que trabalho pesado ficava para mim. Deixei as compras na velha mesa de madeira e olhei o fogão a lenha, o cheiro da comida estava por toda aquela cozinha.

— Mãe, cheguei!

— Oh filho, que bom! Estou no quarto. — Fui até ela e encontrei minha mãe, bordando uma capa vermelha. A minha capa vermelha!

— Mãe, essa é a capa que eu vou usar? — me aproximei e toquei o pano macio.

— Sim, filho! Vai ficar linda em você! — eu me sentei na cama.

— Mãe, a senhora nunca me contou como tudo isso começou. — ela me olhou — Acredito que eu tenho o direito de saber, já que estou sendo entregue como pagamento.

— Faz muitos anos, filho!

— Eu quero saber mãe, por favor! Me conta. — ela continuou bordando.

Prometido ao Rei Onde histórias criam vida. Descubra agora