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Eu comecei a perceber que depois do dia que Taehyung foi ferido, algo está acontecendo. Não é necessariamente com Taehyung, porque eu vi ele se curar na minha frente, mas é com o reino. Taehyung e os outros vampiros estão cada vez mais fora do palácio, parece que estão monitorando alguém, mas quem?

Já conversei com Seokjin, mas ele não disse nada, porém eu sei que ele sabe de alguma coisa. Jimin, não sabe de nada, Jimin está num momento de muita felicidade em sua vida, para ele só existe Jungkook e Yoongi, só tem olhos para ele e nem percebe que algo estranho está acontecendo.

Porém, eu já decidi que se ninguém quer falar, eu vou descobrir sozinho. Por isso que eu sair do palácio sem Seokjin perceber. Preciso dá uma olhada no reino e sondar alguma coisa, talvez eu descubra.
Caminhei por alguns minutos e cheguei no caminho entre a floresta que levava ao reino. Foi exatamente por aqui que eu vim naquela noite da lua de sangue. Mas por que naquele dia eu não consegui encontrar esse caminho? Por que eu me perdi?

Continuei andando com mil perguntas na cabeça, no momento eu estava me sentindo bem, a falta de Taehyung não estava me afetando. Será que foi porque esses dias eu estou sempre com ele?
Espero que eu fique bem até a volta para o palácio.

Eu seguia o caminho quando eu avistei uma senhora andando com dificuldade. Será que ela está indo para o reino? Devo falar com ela?
Fui me aproximando devagar, assim que ela percebeu minha presença, ela parou e imediatamente eu parei também. Então, ela se virou.

— Oh, que bom que eu encontrei alguém, meu jovem pode me dar um pouco de água? — Ela parecia fraca e um galho de árvore grosso era seu apoiador.

— Água?

— Sim, estou a muito tempo caminhando. Estou com sede! — eu olhei em volta, não tinha como arrumar água por perto.

— Eu não tenho água, mas no reino têm. Está próximo, consegue caminhar até lá?

— Se você me ajudar, sim! — eu assentí e fui até ela.

— Suba nas minhas costas, assim eu lhe levarei.

— Oh que gentil da sua parte. Obrigado! — Ela Conseguiu subir nas minhas costas e fui caminhando. Ela não era tão pesada. — Sabia que gentileza se paga com gentileza, meu jovem? Em algum momento você vai receber seu pagamento.

— Não custa nada ajudar quem estar precisando.

— Eh, mas nem todos tem a sensibilidade para enxergar isso.

Ela se calou e eu fui caminhando devagar, na entrada do reino, tinha um pequeno lago, eu costumava vir aqui quando era mais criança. Fui até lá e com cuidado, coloquei a senhora no chão.

— Obrigada meu jovem, eu estava tão cansada que acabei adormecendo — olhei em sua cintura e tinha uma pequena garrafa.

— Posso colocar água na garrafa?

— Ah sim! — ela tirou e me deu.

Fui até a beira do lago e enchi sua garrafa com água, depois levei até ela que logo bebeu praticamente todo o líquido.

— Ah que bom que encontrei você. Mora nesse reino? — eu desviei o olhar.

— Não mais! Moro na floresta. Todos do reino pensam que eu morri. É uma longa história. — ela me olhou com atenção. Logo pegou o meu colar e olhou o pingente.

— Isso é sangue? — eu peguei o pingente de volta e coloquei para dentro da minha roupa.

— É sim! Do meu companheiro! É como uma proteção!

Prometido ao Rei Onde histórias criam vida. Descubra agora