Capítulo 22

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No outro dia, eles colocaram o plano em ação. Acordaram cedo e já começaram a organizarem tudo. O Jeon não quis nada muito estratégico, já que o Type nem base tinha, estava num apartamento alugado num bairro simples da cidade. Ele só visitaria seu grande amigo, afinal desde a “morte” dele, eles não se viam. O ódio que ele sentia era enorme, só o fato de ter mexido com seu ômega já era motivo pra que agora a morte fosse bem real, mas ele fez muita maldade com outras pessoas e iria pagar por seus crimes no inferno. Nada justificava as atitudes dele.

Ele gastou uma fortuna para não ter tido um resultado satisfatório deve estar com muita raiva. Ele achou que alguém ficaria com ele por lealdade? Esse tipo de gente que ele contratou trabalha apenas sozinho e por dinheiro, quem pagar melhor leva. E acho que ele aprendeu da pior forma. Ele realmente achou que matando a filha do chefe da Yakuzá ele sobreviveria? Eu estou ainda tentando entender como ele tão inteligente bolaria um plano tão fraco. Algo saiu errado nesse plano, não tem como encaixar as peças nesse quebra-cabeça. O único ato inteligente foi se passar por morto, ele realmente teve sucesso nisso, mas de resto foi tudo uma lambança.

Saíram de casa apenas os 7 e mais 2 atiradores de elite que estavam posicionados em apartamentos em frente ao dele e o Taemin. O plano seria entrar e matá-lo, mas eu queria esse homem na sala da morte, afinal o chefe da Yakuzá quer a cabeça dele. Estávamos em dois carros. E logo chegamos ao prédio.

-Mine, nada de bancar o herói. Nem ouse tentar morrer.

-Não se preocupe alfa, não farei nada sem sua ordem. Até porque não será preciso, será tudo fácil e rápido.

-Acho bom, não posso passar por aquilo de novo, ômega.

-Não vai, eu prometo.

Subimos de elevador até o apartamento. Os meninos estavam todos ao meu lado, coloquei o Jimin atrás de mim. E esperei. Quando ele abriu a porta empalideceu.

-Olá, meu grande amigo e ex namorado.

Entrei com tudo e os meninos fizeram toda retaguarda.

-Não vai me mandar sentar e ficar à vontade?

Ele me olhou com raiva.

-Precisa? Nada nunca te impediu de fazer algo que quisesse, porque impediria agora?

-Exatamente, então como porra você achou que conseguiria me vencer?

-Eu quase consegui não foi?

-Na verdade não. Não tive baixas financeiras, não perdi soldados, meu anjo continua comigo. Não sei como achou que iria me vencer. Na verdade se for em relação a Jisoo, saiba que nem irmãos de sangue somos, sinto muito pelo que ela passou, mas você me conhece bem e sabe que isso não me afeta. Agora que tal você colocar esse traseiro no sofá e contar que porra você queria pra armar esse circo todo.

Ele sentou numa poltrona e o Jimin veio e sentou no meu colo, vi o semblante dele mudar por completo. Era ódio e muito ciúmes que estava ali.

-Quando eu conheci você eu já estava me tratando de leucemia há algum tempo, foi no hospital que conheci o Jimin, mesmo ele sendo ainda um menino eu me apaixonei perdidamente por ele, eu comecei a lutar para me curar e poder esperar por ele. Mas na faculdade eu vi você e tentei realmente ser seu amigo, até descobrir que você era o predestinado do meu ômega.

Jeon rosnou alto e assustador.

-Meu ômega! Como você descobriu isso antes da gente?

-Um dia eu estava internado para mais uma rodada de quimioterapia, fui ao quarto do Jimin. Ele estava dormindo, mas seu cheiro estava em mim, afinal lúpus e original p cheiro fica empreguinado. Quando ele sentiu seu cheiro, ele se agitou e em sua testa algo brilhou, eu me assustei, mas quando olhei mais de perto era um sol. Lembrei imediatamente das aulas de história lupina e logo a lenda dos lobos da lua e do sol ficaram na minha cabeça. Eu quis muito ser esse lobo pra ele, mas com o tempo percebi que se eu fosse já teria descoberto, mas conversando com você num dia, eu tinha vindo do hospital e quando você sentiu o cheiro do Jimin eu vi a lua na sua testa, então entendi. Nesse momento eu precisava traçar um plano, então comecei a pensar numa forma de te envenenar, mas descobri que você era mais poderoso do que imaginava e detectava qualquer cheiro diferente na comida. Um dia quando eu já estava em remissão da doença eu conheci uma ômega japonesa na faculdade e quando ela deu em cima de mim e contou quem era eu vi a chance de ter dinheiro e colocar meu plano em prática. Eu armei a minha morte e fui pra o Japão, a pedido do pai dela, segundo ele isso seria o mais seguro a fazer para nao rastrearem meu passado. Para mim era o que eu precisava para ganhar tempo, ganhei novo nome e casei com ela, mas eu tinha muitas coisas do ômega, na verdade tenho. Ela descobriu, depois de uma discussão grave ela saiu correndo pra contar ao pai e no desespero eu a empurrei e la caiu da escada, eu não queria que ela morresse, era apenas para freá-la até conseguir convencê-la que era um plano da máfia e que eu não sentia nada pelo ômega, ela me amava e acreditaria, mas depois disso, tudo mudou, não conseguiram provar nada contra mim, mas depois de alguns meses a empregada resolveu contar que estava no quarto de hóspede limpando e tinha visto como tinha sido a morte dela. E claro que seu pai jurou vingança e eu tive que fugir. Voltei disposto a pegar meu ômega, mas ele já estava com você, então gastei tudo que tinha para armar pra você. Meu erro foi contratar o infeliz do Jay Park, ele me passou a perna e roubou tudo que eu tinha. E agora estamos aqui, você venceu, mas se eu vou morrer, não morrerei sozinho. Dentro desse prédio tem uma bomba e em menos de 2 minutos tudo isso aqui explodirá.

O Tae se aproxima e joga uma mala de mão em cima do centro.

-Essa bomba aqui?

Ele empalideceu e perdeu a compostura. Começou a gritar dizendo que aquilo não poderia acontecer, que não permitiria que ficássemos juntos. Mas eu não consegui explodir de raiva como pensei que fosse. Apenas ri.

-Mesmo que você tivesse alguma chance de me derrotar Type, você nunca teria o amor dele. Olhe pra ele, ele é meu, assim como eu sou dele.

-Sim amor, eu sou somente seu.

-E só pra constar o Jay me procurou e já sabíamos de todo seu plano. Ele jamais se voltaria contra mim Type. Acho que você se superestimou.

-Yoongi e Nam levem esse bastardo para o galpão. O sogro dele o espera.

Ele gritava, mas o Nam o colocou rapidinho pra dormir. Chegando no galpão o levei pra sala da morte, mas não quis matá-lo, deixei com a Yakuzá, a dor de um pai precisava ser vingada. Eu estava bem tranquilo. O Han já estava no Galpão e eu o levei onde estava o Type.

-Han, ele é todo seu, faça o que quiser.

-Obrigada Jeon, jamais esquecerei.

Selamos ali um acordo muito proveitoso para os dois, mas eu ganhei demais, estava livre desse pesadelo. Meu ômega não correu risco real, mas confesso que quando eu li aquela carta eu tive muito medo. Mas agora tudo tinha acabado, iríamos pegar nosso filhote e viveríamos felizes. Eu estava ainda no galpão quando meu ômega entra correndo e se joga em cima de mim. O cheiro já denunciou, era o cio do meu garoto, eu o peguei no braço e corri para o carro o levando para casa de campo, ele se contorcia e me ameaçava, mas eu precisava levá-lo para um lugar seguro e era até perto a casa, mas ele estava impaciente.

O dom do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora