Derrame o álcool em meu corpo🥃

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— E então, você vai lá e…

— Faço o que, Milo? Eu estou desesperada! — Disse em pânico e cada vez mais Milo sentia vontade de rir dela.

Para ele aquela era uma situação divertida, já que pela primeira vez viu uma situação que a fez tremer na base.

Ele colocou as duas mãos nos ombros dela e fez uma massagem, a ajudando a se acalmar e agora respirar um pouco melhor.

Para achar uma solução inteligente para aquela situação, ela teria que se acalmar primeiro, decisões precipitadas nunca eram boas

— Querida, você sabe que a decisão não está em minhas mãos, certo? O que você quer? O que sente.

Sentiu-se envergonhada, ela sentiu coisas que nunca sentiu, era uma bagunça de sentimentos, mas o pior… ela havia gostado daquela bagunça.

A noite lhe dava reviravoltas que não esperava, um pouquinho de adrenalina nas veias e batimentos cardíacos acelerados. Aquela noite lhe trazia todo o caos, e os sentimentos mais puros.

Mas ela não estava preparada para aquilo, aquilo era como dar um passo grande demais e qualquer momento poderia cair.

— Eu… não sei — Suspirou e abraçou o amigo, ela precisava daquilo, honestamente estava em desespero.

— Então você vai deixá-las escaparem? Sabe que isso só depende de você.

— Isso é algo inesperado e eu odeio quando as coisas saem do controle, fica tão difícil, por que não poderia simplesmente seguir a rotina, a programação?

Sair fora da linha, ou até mesmo da rotina era algo perturbador para a mulher. Ela não suportava a ideia de mudanças.

— Eu sei que você odeia essas mudanças, mas às vezes elas podem ser boas. Não podemos nos privar de tudo, devemos estar abertos a oportunidades.

Milo fazia carinho nas costas da mulher que se perpetua agora escutando seus pensamentos e com sensatez escolher uma resposta.

— Seria vadiagem eu querer as duas — Perguntou num fio de voz, a pergunta fez ela rir e o seu melhor amigo cair em gargalhadas — Não me entenda mal, mas eu estou curiosa.

Ele balançou a cabeça rindo da menina, Bárbara por sua vez estava mais calma por agora e pedia para que aquilo continuasse assim.

— Não seria vadiagem, querida — Olhou nos olhos cor de mel de Bárbara — Se deixe levar se assim quiser, não se prive.

— Eu irei… mas e se eu não gostar e achar que não quero?

— O diálogo é essencial, lembre-se disso, então irá conversar com elas e elas irão resolver. Eu sei que elas não seriam insensíveis com você, para elas seu sentimento importa.

— É verdade…. Elas realmente se importam comigo.

— Viu? Fácil de se resolver, só precisa se acalmar e pensar. Amélie se preocupa, apesar de não demonstrar tanto e Helena é um amor de pessoa, tenho certeza que será a pessoa mais compreensiva. São dois extremos que se completam.

E quem seria Bárbara dentro daquele extremo?

Naquele momento… Bárbara começou uma batalha interna consigo mesma.

Sempre o número dois, duas pessoas na formação de um relacionamento, em dupla eram duas pessoas, não importa a atividade ou o momento, sempre seriam duas e não três.

— Se eu me ferrar no final…

— Sim, eu estarei lá com você e claro com um enorme pote de sorvete — Beijou o topo da cabeça de Bárbara — E irei enxugar cada uma de suas lágrimas!

Três bocas....Onde histórias criam vida. Descubra agora