— E então, você vai lá e…
— Faço o que, Milo? Eu estou desesperada! — Disse em pânico e cada vez mais Milo sentia vontade de rir dela.
Para ele aquela era uma situação divertida, já que pela primeira vez viu uma situação que a fez tremer na base.
Ele colocou as duas mãos nos ombros dela e fez uma massagem, a ajudando a se acalmar e agora respirar um pouco melhor.
Para achar uma solução inteligente para aquela situação, ela teria que se acalmar primeiro, decisões precipitadas nunca eram boas
— Querida, você sabe que a decisão não está em minhas mãos, certo? O que você quer? O que sente.
Sentiu-se envergonhada, ela sentiu coisas que nunca sentiu, era uma bagunça de sentimentos, mas o pior… ela havia gostado daquela bagunça.
A noite lhe dava reviravoltas que não esperava, um pouquinho de adrenalina nas veias e batimentos cardíacos acelerados. Aquela noite lhe trazia todo o caos, e os sentimentos mais puros.
Mas ela não estava preparada para aquilo, aquilo era como dar um passo grande demais e qualquer momento poderia cair.
— Eu… não sei — Suspirou e abraçou o amigo, ela precisava daquilo, honestamente estava em desespero.
— Então você vai deixá-las escaparem? Sabe que isso só depende de você.
— Isso é algo inesperado e eu odeio quando as coisas saem do controle, fica tão difícil, por que não poderia simplesmente seguir a rotina, a programação?
Sair fora da linha, ou até mesmo da rotina era algo perturbador para a mulher. Ela não suportava a ideia de mudanças.
— Eu sei que você odeia essas mudanças, mas às vezes elas podem ser boas. Não podemos nos privar de tudo, devemos estar abertos a oportunidades.
Milo fazia carinho nas costas da mulher que se perpetua agora escutando seus pensamentos e com sensatez escolher uma resposta.
— Seria vadiagem eu querer as duas — Perguntou num fio de voz, a pergunta fez ela rir e o seu melhor amigo cair em gargalhadas — Não me entenda mal, mas eu estou curiosa.
Ele balançou a cabeça rindo da menina, Bárbara por sua vez estava mais calma por agora e pedia para que aquilo continuasse assim.
— Não seria vadiagem, querida — Olhou nos olhos cor de mel de Bárbara — Se deixe levar se assim quiser, não se prive.
— Eu irei… mas e se eu não gostar e achar que não quero?
— O diálogo é essencial, lembre-se disso, então irá conversar com elas e elas irão resolver. Eu sei que elas não seriam insensíveis com você, para elas seu sentimento importa.
— É verdade…. Elas realmente se importam comigo.
— Viu? Fácil de se resolver, só precisa se acalmar e pensar. Amélie se preocupa, apesar de não demonstrar tanto e Helena é um amor de pessoa, tenho certeza que será a pessoa mais compreensiva. São dois extremos que se completam.
E quem seria Bárbara dentro daquele extremo?
Naquele momento… Bárbara começou uma batalha interna consigo mesma.
Sempre o número dois, duas pessoas na formação de um relacionamento, em dupla eram duas pessoas, não importa a atividade ou o momento, sempre seriam duas e não três.
— Se eu me ferrar no final…
— Sim, eu estarei lá com você e claro com um enorme pote de sorvete — Beijou o topo da cabeça de Bárbara — E irei enxugar cada uma de suas lágrimas!
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Três bocas....
FanfictionEm uma festa de noivado, muitas coisas inesperadas podem acontecer. Um chá revelação, um outro pedido de casamento, mas o que ninguém esperaria, muito menos Bárbara. Era uma proposta... Helena, Bárbara e Amélie.