Retorno...

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Já havia passado um tempo desde da última vez em que havia visto o casal, claro que elas curtiam sua lua de mel sem mim. Era o correto a se fazer, eu não era uma das noivas e sim elas, eu apenas era algo a mais que havia entrado naquele relacionamento.

Não como uma amante, pelo contrário, eu havia vindo, como diziam as palavras de Amélie Florence... Eu havia vindo para somar.

As vezes eu me encontrava rindo um riso tão gostoso, daqueles em que a nossa felicidade parece tão irreal.

E de fato para mim, tudo isso parecia tão irreal, quando na verdade era tudo real.

A distância e a mudança de rotina, não foi o suficiente para fazer com que elas se sentissem separadas.

Pelo o contrário...

Amélie e Helena faziam questão de manter inclusas em todos os seus planos, me atualizando e sempre me mandando fotos do que faziam.

Elas me tinham como prioridade, por mais que só tivesse sido uma semana, mas segundo elas aquilo era importante para que eu visse que era lembrada por elas.

Eu me encontrava sentada em uma pequena cadeira dentro de uma cafeteira barata do aeroporto, meus dedos tramboliravam diante da mesinha.

O café tinha o intuito de acalmar meu interior, mas a cafeína parecia sortir efeito contrário.

Meus olhos pousam no relógio da parede, vendo o horário intacto como se estivéssemos pausados no tempo. O tempo me parecia lento e parecia até mesmo como a velha música dizia " O relógio está de mal comigo"

Meus pensamentos cada vez mais divagavam e me deixavam distantes, ri baixinho vendo que estava desesperada para vê-las. Não era somente a saudade, havia algo diferente em meu peito.

Talvez fosse a curiosidade....

Senti meu celular vibrar sob a mesa e senti meu ar ir embora rapidamente, as borboletas em meu estômago se remexiam inquietas sabendo o que estava acontecendo.

Eu me encontrava ansiosa...

Melie💜: Meu amor estamos pousando agora....

Lena🤍: Pequena... Estamos chegando, mal vejo a hora de vê-la.

Mal percebi que estava sorrindo docemente com aquelas mensagens, enquanto saia rapidamente daquele estabelecimento e corria para área de desembarque.

Minha mente rapidamente se encontrou em desacaso, será que aquilo era o certo? Será que depois daquela viagem as duas ainda pensavam em mim junto a elas? Eram tantos serás que não seriam respondidos.

E que provavelmente eram apenas coisas de minha cabeça inquieta.

[...]

Assim que cheguei na área de desembarque, senti a ansiedade se intensificar e por um momento pensei em dar o fora daquele lugar.

Parecia que minha ansiedade se intensificava cada vez mais, quanto mais pessoas saiam e buscavam seus objetivos, sentia a adrelina correr em minhas veias.

Engoli em seco, as dúvidas me corroendo por algo que nem deveria pensar, quando realmente estava quase dando o fora dali, pude avistar a cabeleira acinzentada e lilás de Amélie.

A francesa mantia o cenho franzido e os olhos semicerrados como se quem procurassem por alguém, enquanto Helena, a mais baixa acenava com empolgação em minha direção.

Foi então que todas as dúvidas cessaram, todas elas se foram quando eu vi Helena correr para meus braços e me abraçar em um ato desesperado.

Aquela dúvida que tinha antes sobre ser algo apenas de um momento se foi, principalmente quando Amélie tomou meus lábios para si em um beijo terno que me transmitia saudades.

Elas não se importavam com as pessoas ao seu redor, elas amavam e eu as amava, para elas isso era importante.

Não importava se estivéssemos tirando a atenção dos outros, ou se estivéssemos sendo vítimas do preconceito dos outros, o importante era nós e somente nós.

[...]

Point of vist narrador

As meninas estavam animadas para retornar a casa como o planejado a família de Amélie havia feito um churrasco com o intuito de comemorar a volta do casal, e agora as meninas estavam espelhadas pela casa dos pais de Amélie.

Na espreguiçadeira se encontrava a figura de cabelos acinzentados e lilás, que estava deitada enquanto pegava um pouco de sol.

Seu corpo pálido agora se encontrava levemente avermelhado pelo sol e rapidamente deixava seu corpo marcado pelo o biquíni vermelho, em seu rosto se encontrava o óculos escuros que rapidamente havia pego com Olivier e que muito provavelmente não voltaria a retornar ao dono. Já que a francesa havia insistido que aquilo combinava mais com ela do que com o próprio irmão.

Em suas mãos encontrava um copo com caipirinha, Amélie geralmente não era fã daquilo, não daquela bebida em específico, mas acontece que quem havia feito era uma de suas mulheres.

E como sempre há excessões, certo? Aliás o que o amor não faz com a gente?

Já na piscina estava Bárbara que ora ou outra estava indo bebericar a bebida de Amélie que apenas resmungava algo como "Babe, você pode obter a sua própria bebida!", mas que nunca negava a sua bebida a floriculturista, a fala da francesa apenas fazia com que Bárbara escolhesse ameaçar a jogar água na francesa.

Helena por sua vez observava as duas, achando a interação adorável, ver as duas pessoas que ama se dando bem... Não tem nada mais belo que isso.

A família de Amélie parecia estar atenta a tudo que acontecia, mas não houve nenhuma oposição ao casal, tudo estava dentro dos planos.

E no final de tudo... O amor prevalecia...

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⏰ Última atualização: Jul 29 ⏰

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