One Shots - Katnic & Clace

One Night - Capítulo Único

  Magnus Bane

– Vamos fazer na minha casa hoje, então? – Perguntei a Jace, quando todos saíram da sala.

– Foi mal – Ele pegou a mochila, colocando nas costas e se levantando –, não curto a fruta.

Eu suspirei apertando a ponte do nariz.

– Eu estou falando do trabalho. – Disse entre dentes cerrados.

– Que trabalho? – Ele franziu a testa seguindo para a porta, fui ao seu lado.

–O trabalho de matemática. Aquele que a professora passou para amanhã.

– Ela passou algum trabalho para amanhã?

Bufei ao sairmos da sala.

– Sim! Inclusive ela escolheu as duplas, e você aceitou ser a minha!

– Ah. – Ele disse, mas não expressou nada. Com certeza não se lembrava de uma palavra.

– Você faz alguma coisa além de ficar olhando para o decote enorme dela, a aula toda?!

Jace deu de ombros.

– Você também reparou.

– Não vem ao caso. Eu reparo em muita coisa.

– Tipo quando fica babando no professsor de Educação Física?

– Eu não... – Franzi o cenho. – Eu não fico babando nele! E você já reparou nos músculos quando ele flexiona os braços?

– Já disse que não curto a fruta. – Saímos da escola, em direção ao estacionamento. – E é bem difícil não reparar na baba que escorre da sua boca.

Revirei os olhos, respirando fundo e me controlando para não joga-lo na frente de algum carro em movimento. Quantos anos eu pegaria de cadeia por matar Jace, e esconder o corpo?

– Ei! – Ele deu um tapa no meu braço após sentar no banco do passageiro, ao meu lado. – Olha ali!

Apertei os olhos e mirei para onde ele apontava. Ergui as sombrancelhas em surpresa.

– O Mark está...

– Traindo a Cristina com o Kieran. – Ele completou. – E olha quem que parece que vai transar, no carro do lado.

Desviei meus olhos para lá, os arregalando. Helen e Aline estavam em uma pegação que chegava a me arrepiar. Helen estava no colo de Aline, que estava sentada no banco do motorista.

Um dos cantos da boca de Jace se ergue, vendo a cena.

– Wow... – Disse cheio de luxúria.

– Às vezes eu tenho nojo de você, Herondale. – Disse revirando os olhos e me ajeitando no lugar.

– Pode ter o tanto de nojo que quiser, e falar depois. – Ele gesticulou para o estacionamento. – Só que, pelo anjo. Casais vem se pegar aqui depois da aula. E nós dois no mesmo carro parece outra coisa.

– O vidro é insufilmado. – Disse batendo a mão na testa.

– Nada contra, mas eu não curto. – Ele girou a chave. – A Kaelie está ali, e se me vir muito tempo no carro com você, vai achar que eu não quero mais ela.

– E você quis um dia? – Debochei dando partida e saindo dali.

– Não. – Confessou ele. – Mas as outras meninas, a maioria, não quer mais ficar comigo.

– Óbvio! – Um ruído de sarcasmo sai da minha garganta. – Você no mínimo disse que gostava muito delas.

– Quando o pau tá dentro... sai sem querer.