Jingle Bells Part. 1

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Harry Potter pov:

A época mais esperada do ano chegou. O Natal!

Ontem estava muito animado com a volta dos meus filhos, principalmente porque não aguentava tanto silêncio em uma casa como essa.

Desde que meus filhos foram para Hogwarts, andei todo esse tempo tentando me distrair, às vezes ia visitar os Weasleys, às vezes passava na casa do Ron e da Hermione para botar o papo em dia, ainda acho muito injusto eles morarem só os dois, sem mim!

O primeiro filho que me despedi foi James, de certa forma foi bom, ele e Albus não estavam juntos para brigar o tempo todo, mas senti muita falta da companhia dele, James é brincalhão sempre e fez jus ao nome que lhe dei. Sempre soube que iria para a grifinória, meu primogênito é muito parecido comigo e Ginny, então obviamente iria para a casa dos leões. Ele também é muito bom no quadribol, joga na posição de artilheiro, suas notas não são as melhores, mas não vou o julgar, sei que ele se esforça, amo meu filho independente de tudo.

O segunda a ir foi Albus, estava apavorado com as possibilidades do que iria acontecer quando chegasse lá e as brincadeiras e mentiras de James não lhe ajudaram em nada. Meu filho foi para a sonserina e fez amizade com um Malfoy, confesso que não foi fácil ouvir esta notícia, ainda mais quando tenho tanto orgulho de ter ido para a grifinória, queria que todos os meus filhos experimentassem a casa onde me senti parte de algo, mas não significa que não apoiei meu filho, quero que ele se sinta em casa, mesmo que tenha sido na sonserina, amo meu filho independente de tudo. Enquanto a amizade com um Malfoy... bom, eu e Draco tivemos nossas diferenças, a família dele me odiava, mas isso não significa que seu filho seja igual, pelo que ouvi e vi de Scorpius, é um menino adorável e faria de tudo pelo meu filho.

A terceira que tive de me despedir este ano, foi Lily, a criança mais encrenqueira que já conheci, nível Fred e George e totalmente idêntica a Ginny, Lily foi para a grifinória, tive muita saudade da minha filha, ela que me fazia mais companhia e adorava brincar comigo de mamãe e filhinha, ela era a mamãe e eu era a filhinha. Sei que ela consegue se cuidar sozinha, ainda mais depois de ter pego uma vassoura de Ginny sem supervisão de ninguém e ter dado um rolê na floresta, ela voltou inteira e muito contente, nunca senti tanto orgulho, mas óbvio que ela ficou de castigo. Amo minha filha independente de tudo, é ela que me dá os melhores conselhos de pai para filha.

Desde então tenho me concentrado mais em fazer passeios e trabalhos comunitários. Durante um tempo, tentei seguir minha carreira como Auror, queria proteger as pessoas e salvar as vidas que não pude no passado, mas notei que isso estava apenas me fazendo mal, estava me cobrando demais e percebi, na terapia, que fiz o que pude para salvar a todos.

Antes de me separar de Ginny, Albus me disse algo que nunca vou esquecer, estávamos nas ruas de Londres, comprando algumas coisas para casa, vimos algumas pessoas desanimadas trabalhando e meu filho notou algo de errado.

-Pai - chamou com suas pequenas mãos de um garoto de sete anos - por que têm tantas pessoas tristes aqui? - Eu pensei bastante no que dizer a ele, era apenas uma criança para descobrir a realidade do mundo.

-Bom, acho que eles não devem gostar de trabalhar, sabe? Você não gosta quando tem que arrumar sua pequena pilha de roupas, você gosta de brincar, não? - Peguei ele no colo e o observei pensando.

-Então o trabalho é tipo a pilha de roupas deles? - eu assenti - que chato, eu acho que todos devem brincar, devem escolher uma coisa que realmente gostam de fazer, para ficar com um sorriso no rosto, não essas caras de bolacha - eu ri e fiz cócegas nele. Desde então nunca me esqueço dessas palavras, precisamos fazer o que gostamos.

Eu ainda não sei bem o que é, mas quem sabe posso ser professor de DCAT em Hogwarts, ou até jogar quadribol, que nem Ginny, há ainda muito que se pensar.

Beautiful Boy (Scorbus)Onde histórias criam vida. Descubra agora