CAPÍTULO V

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Encontro Uma Amante de Alcoól Em Uma Taberna

Encontro Uma Amante de Alcoól Em Uma Taberna

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O tempo pareceu andar lentamente. Assisto Zelda se transformar completamente: suas escleras escureçam em um cinza claro até ser consumido completamente pela escuridão da noite. Sua pele clareou como a neve de um inverno rigoroso.

Achei que a situação já estava caótica o suficiente quando avistei, entre o caos da enorme cozinha, uma meia lua negra surgir em sua testa.

Uma luz roxa consome o lugar como as chamas consomem grama. De forma rápida.

Tento encarar aquela forte luz, mas ficaria cego se o fizesse. Em alguns segundos entreabro os olhos e vejo um bando de corvos se amontoando neles mesmos e se derretendo, formando um único ser: uma mulher vestida por uma túnica preta, deixando a mostra apenas seus hipnotizantes olhos azuis, tão frios quanto o oceano congelado de Nocts.

Por um segundo sinto meu corpo dormente e em outro percebo o chão novamente, mas dessa vez sem as malditas correntes. A bruxa se senta sobre minha pata, cruzando as pernas.

Por mais que sua atitude seja ousada, permito-lhe por salvar minha vida.

- Foi um prazer revê-los, mas temo que preciso apressar-me! Até mais, príncipe Lenon Elbrak!

Após terminar sua despedida, todos nós nos dividimos em corvos até desaparecermos por completo.

A mão da bruxa balançava de um lado para outro até que o último corvo alcançasse voo. Nesse processo escuto uma voz escoar em negação. Era Lenon se lamentando pela derrota que até mesmo eu não previa.

[...]

Os sons das cigarras e sapos despertam-me do sono profundo.

Noto o céu estrelado acima com sombras de cor roxa e verde por trás da constelação. Admiro até notar o som de cantoria e risadas vindo de uma só direção: uma taberna feita inteiramente de madeira. Pelo menos a parte externa. As luzes estão acesas, que atravessam as janelas de vidro em um tom amarelado.

Zelda estava de pé entre mim e Faelan, observando a construção. Pelo tempo que passamos juntos, ela demonstrou ser uma pessoa muito insegura e indecisa. Não consegue tomar decisões rapidamente. Então, aposto todo o dinheiro que não possuo que ela deseja adentrar a taberna, porém lhe falta coragem.

Levanto o rosto e empurro as costas da mesma com o focinho, a impulsionando para frente.

Escuto um gritinho vindo dela, virando-se para mim logo depois.

- Mas o que?...

Sua expressão é de confusão.

- Entre logo, sua medrosa!

Suas bochechas ganham um tom rosado e ela faz um beicinho, mirando suas orbitas oculares para o chão.

- Eu não sou medrosa... - sua voz soa como um sussurro.

A Lâmina da Escuridão - A Pedra da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora