CAPÍTULO IV

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POR QUE EU NÃO FIQUEI EM CASA?

Será que tudo isso foi em vão? Não podia estar acontecendo isso comigo

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Será que tudo isso foi em vão? Não podia estar acontecendo isso comigo. A deusa da Lua não podia me abandonar justo agora.

Cruzamos a ponte e chegamos ao território central de Eldrion, onde reside a família real Elbrak. Minha visão estava embaçada e, para piorar, estava faminta, exausta e com dor. Os guardas saíram da carruagem ao chegarem perto do palácio e me levam junto, ainda com os cipós que perfuravam minha carne.

O caminho até a sala do trono parecia eterno. Atravesso a entrada para o castelo, vendo de relance alguns detalhes dourados e prata, e subimos as escadas até o terceiro andar do castelo.

A primeira coisa que me chama a atenção ao chegarmos é o grande trono feito inteiramente por pedrinhas de diamante localizado no centro do salão e o homem que está sentado nele.

Forço minha visão embaçada para gravar a imagem do rei a minha frente. Percebo seus olhos verdes com detalhes dourados ao redor da pupila, idênticos aos de Lenon. Além dos olhos, em seu rosto estava estampado seu nariz grego, além da boca fina, um maxilar marcado e uma longa cicatriz vinda do lado esquerdo de seu maxilar até a maçã direita.

Os guardas se ajoelham e me forçam a fazer o mesmo, colocando meu rosto contra o piso gelado de mármore.

Com muito esforço, consigo levantar meu rosto o suficiente para olhar o rei nos olhos. Estava com um sentimento de ódio flamejante e vingança se remexendo por todo o meu ser e queria transparecer isso ao rei.

Já ele, sorri.

- Essa é a tola que tentou invadir uma de minhas minas?

- Eu não tenho interesse na sua mina de ouro!

- Então, como explica a sua presença lá quando meus guardas chegaram?

Uma linha amarronzada se levanta em sua testa e deduzo que seja sua sobrancelha. Ranjo os dentes. Odeio quando não escutam o que digo.

- Quantas vezes vou precisar repetir que eu NÃO tenho interesse na sua mina de merda?!

O sorriso do rei se esvai aos poucos, sendo substituído por um olhar obscuro que fez um arrepio cruzar minha espinha.

- Você cometeu um grave erro ao levantar a voz para mim, feiticeira. E por causa de sua insolência você e seu amiguinho alado vão pagar com a morte. Guardas! Levem-na para as masmorras junto com o dragão.

O guarda que me mantinha no chão me puxa bruscamente pelo pulso e me força a segui-lo.

Sinceramente, não me revoltei. Estava exausta e com a visão turva de tanta dor que estava sentindo.

Descemos novamente os degraus e atravessamos uma porta onde há uma enorme escada giratória que pareciam nunca acabar. Fixado nos corrimões, há diversos lampiões que iluminam o caminho.

A Lâmina da Escuridão - A Pedra da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora