CAPÍTULO XV

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É o Fim

Tudo está dando errado

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Tudo está dando errado. Desde que invadimos tudo, absolutamente, TUDO está dando errado. Agarro-me à sela de Petrah tentando controlar o tremor das mãos.

Dragões nossos estavam abatidos ou inconscientes estirados no chão.
Engulo em seco.

Vamos vencer. Temos que vencer.
Petrah continua avançando, guiando o restante do bando de dragões que ainda não foram abatidos pelo infeliz Drakon.

Avisto-o mais a frente.

— DRAKON! — a voz de Petrah soava radiante.

A enorme besta vira-se em nossa direção. Vejo brasas saírem de sua boca repleta de dentes pontiagudos mortais.

Ele vem em nossa direção. Petrah é do tamanho de Drakon, mas ele ainda é um dragão de fogo. Quais são nossas chances de vitória?! E se tudo isso for em vão?! E... e se eu morrer aqui?...
Não! Me recuso a sequer acreditar nessa possibilidade! Meu povo precisa de mim! Eldrion precisa de mim...

Quanto mais Drakon se aproximava com velocidade mais sentia meu coração acompanhar a rapidez do réptil.

— LEVANTE AS GARRAS, PETRAH!

Nada. Sinto minhas mãos tremerem ainda mais.

— SOU EU, DRAKON! PETRAH! — sua voz soou insegura.
— PETRAH!

Nada.

Drakon chega até nós e levanta suas enormes garras. Finalmente um raio de inteligência surge em seu consciente e a obriga a levantar suas patas, impedindo Drakon de tirar nossas vidas tão rápido quanto se mata um mosquito com um tapa.

— Eu sei quem você é, mas não deixarei que ataque Kamillion! E não me importa nem um pouco se não é da sua vontade!
— Drakon?...

O dragão fecha seus dentes no focinho de Petrah. Observo a serpente alada rugir de dor. Seus olhos antes gentis e despreocupados por algum sinal de gentileza vindo de Drakon se transformam em ódio e rancor, como os daquele dia em que nos conhecemos.

Engulo em seco. Aquilo deve ter doído muito.

Observo o contra-ataque. As garras afiadas de Petrah mutilam o pescoço e peitoral do dragão dando as suas escamas uma coloração ainda mais vermelha. Um tom vinho.

A carne dilacerada está exposta, porém isso não me dá náuseas.

De repente um rugido feroz ecoa durante a batalha: Petrah. Seu rugir selvagem faz com que meu corpo se arrepie até a alma.

Drakon inicia o próximo ataque, expelindo fogo incontrolável de sua boca, porém Petrah se mostra a altura naquela batalha. O jato aquático que sai de sua boca cria uma cortina de fumaça após a água ser evaporada perante o contato com as chamas.

Não consigo ver direito por conta da névoa, mas avisto o vulto das garras de Petrah deixando uma bela cicatriz no rosto de Drakon. Era uma batalha incrível entre duas bestas da destruição. Os dois se agarram, ficando em pé no ar.

A Lâmina da Escuridão - A Pedra da VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora