Depois das aulas a garota foi em direção à biblioteca, havia passado semanas desde que descobrira que os elfos domésticos eram escravos modernos e mesmo assim a garota se via sem ideias de como ajudá-los.
Rony e Harry achavam ela uma idiota por estar pensando neles mas era inadmissíveis coisas assim estarem acontecendo justamente por serem uma espécie diferente da deles.
—Como vou ajudá-los?—ela martelava na cabeça o que deveria fazer.
—Draquinho, você deveria abrir um fundo de apoio.—para o silêncio absoluto da biblioteca, a voz estridente de Pansy Parkinson parecia estar sendo falada em um microfone.
Ela conseguiu ver quando eles passaram pelo corredor onde estava sua mesa, com o seu exemplar de "Hogwarts: Uma História", além do tinteiro e pergaminhos espalhados pelo local. Dentro da sua mochila, que se via do outro lado da mesa, estavam os livros das lições que deveria estar fazendo.
—Por que caralhos eu precisaria disso, sua imbecil?—Hermione escutou a voz gélida do rapaz, sabia que ele provavelmente estaria dando um tipo de sorriso debochado, pois pode ouvir a frase seguinte antes deles se distanciarem.—Eu quero me livrar desses professores inúteis, além disso, o fundo de apoio é para quem precisa de dinheiro e você sabe muito bem que eu sou extremamente rico. Além disso, meu pai deixou claro que não há dinheiro que compre aquele ridículo do Dumbledore.
Inacreditável. Granger gostaria muito de gargalhar ao saber que a colega sonserina mal sabia diferenciar palavras mas, a ideia dela era perfeita para o que precisava. Parkinson poderia não saber o significado da palavra suborno, porém, foi útil naquele dia.
—Fundo de apoio para os elfos?—a britânica escreveu no papel e abreviado ficou FAE.
Não era algo impressionante e nem dizia o porquê do apoio.
Fundo de apoio ao fim da escravidão dos elfos? Não. Era muito grande e ficaria sem estética abreviado.
Fundo de apoio a libertação dos elfos? F.A.L.E.
Sorridente, a grifana reescreveu o nome em um pergaminho novo. A garota passou o resto da noite preparando tudo até notar que havia acabado de passar o toque de recolher.
Correu para a torre da Grifinória, onde foi recebida a contragosto pelo quadro da cantora dizendo que ela deveria chegar no horário e que da próxima vez iria dedurar aos monitores.
No dia seguinte, após as aulas a garota se encaminhou para Hogsmeade e comprou o material necessário para vinte distintivos. Ela estava empolgada mas sabia que seria difícil convencer muita gente, além de não ter dinheiro o suficiente para mais tanto.
Calculou os gastos e para fazer o distintivo, gastou um sicle. Para ser justa com a causa e com ela mesma, cobraria dois sicles. Um para pagar o material e outro para libertar os elfos.
No terceiro dia focada, estava tudo devidamente pronto. Tinha os distintivos e estava decidida a fazer as pessoas comprarem, acordou mais cedo do que o costume e ficou parada um pouco a frente do grande salão.
—Oi, bom dia. Você sabia que a comida que você come em Hogwarts é feita através da escravidão? Elfos domésticos são escravos e nós precisamos nos unir para ajudá-los.—Hermione abordava as pessoas, pedindo para que comprassem o distintivo e todos a ignoravam.
—Harry Potter e Ronald Weasley, vocês vão comprar.—antes que pudesse falar algo, os rapazes sabiam da obsessão da amiga e logo entregaram a moeda.—Não deixem de usá-los. Fred e George, por favor, eles são torturados.
—Hermione, eu não acho que eles são escravos.—George falou calmamente.
—Torturados somos nós, sendo obrigados a comprar isso de você.—Fred comentou com uma voz séria e sorrindo em seguida, os gêmeos saíram correndo, fazendo com que a ondulada bufasse de raiva.
—Vou querer um.—as vestes no tom esverdeado, os cabelos loiros claros e os olhos cinzas cheios de malícia denunciavam seu dono.
—Não vou te vender um.
—Nem por causa dos elfos? Granger, eu achava que você fosse menos burra.—o loiro lambeu os lábios a desafiando, ele segurava dois sicles na mão.
—Eu não sou burra, aqui está Malfoy.—a menina segurou o distintivo em direção ao garoto, que o pegou e jogou os dois sicles ao chão em seguida.
—É dessa forma como você deve estar perto de seus superiores.—Draco ria de forma maliciosa enquanto observava a garota se agachar para pegar as moedas no chão.
—Você é podre.—Hermione gritou após pegar as moedas e seguida levantou-se, mas ele já não estava mais lá.
Granger apenas queria chorar, aquele momento havia sido extremamente humilhante e a fome que estava sentindo justificavam o fato dela continuar essa venda mais tarde. Esses sicles eram sujos, custaram o orgulho dela.
Foi em direção à mesa da Grifinória e a primeira cena foi de Rony devorando qualquer que fosse aquele pedaço de comida. Quando se sentou com os distintivos ao seu lado, não deixou de procurar pela cabeleira loira na mesa do lado oposto.
—Conseguiu vender mais algum?—Harry perguntou compassivo, recebendo um olhar acusatório de Rony. Ela sabia que o ruivo não queria que a mesma tocasse no assunto novamente.
—Não, por enquanto somos apenas nós três.—Hermione reclamou, não queria falar sobre o encontro com o sonserino há poucos minutos, ainda mais depois de cair na ladainha do rapaz.
Além disso, os meninos estavam em pé de guerra, desde o dia em que o professor Moody transformou Malfoy em uma doninha. Eles viviam se atacando e ela não queria que seus amigos se encrencassem novamente.
Apesar de não ser fã de voar, infelizmente percebeu que a falta de quadribol era gritante. As pessoas não estavam treinando e assim, a rivalidade antes no esporte estava voltada totalmente em brincadeirinhas e palavras hostis.
—Sabe, ainda dá tempo de desistir.—Fred deu uma piscadela para Hermione, que se segurou para não jogar a tortinha de abóbora na cara do gêmeo. Fred tinha muita cara de pau de dizer isso, após a chamar de torturadora há poucos minutos.
—Isso não vai acontecer, Fred Weasley.—bufou e começou a comer as torradas.
Antes que ela pudesse voltar a comentar sobre o assunto reparou que o salão principal estava decorado com uma grande bandeira com o brasão de Hogwarts, além dos brasão individuais de cada casa. Todos podiam afirmar o que queriam, mas ninguém podia negar que o mais bonito é imponente era o grandioso e vermelho leão da Grifinória. Após isso que se deu conta que era 30 de outubro, o dia que Hogwarts recepcionaria as outras escolas.
♡♡♡
No fim da tarde, todos esperavam ansiosos pela chegada dos novos moradores temporários da escola. Até mesmo Rony, que no começo não havia gostado da ideia, estava ansioso.
Os três amigos debatiam o meio de transporte que viriam, quando um aluno mais à frente apontou para algo vindo da floresta e assim, praticamente toda a escola parou de conversar e focaram em olhar a chegada de Beauxbaton. Carruagens!
—Por quê eu não sugeri isso?—a garota resmungou ainda surpresa, recebendo olhares dos amigos como se soubessem que era impossível ela prever.
Ao descerem surgiu uma mulher extremamente alta, Hermione conseguiu ouvir o Dumbledore a chamar de Madame Maxime, sendo seguida por 12 alunos, todos vestidos com vestes azuis. Não conseguiu ver detalhes mas sabiam que eram feitas de seda, os olhares estranhos que recebera dos alunos, fizeram com que Granger mesmo com o uniforme bem alinhado, se sentisse mal vestida.
—Ele pode chegar a qualquer minuto.—ouviu Dumbledore afirmar e a empolgação voltou quando Lino Jordan gritou para olharem para o lago.
As bolhas estranhas que soltavam do lago negro, acabaram por revelar lentamente um navio. Os alunos que saíram de lá usavam vestes vermelhas e possuíam porte físico que lembravam de Crabbe e Goyle
Não conseguia ouvir o que Harry e Rony cochichavam mas podia ver que ambos estavam animados.
Pelo jeito o torneio tribruxo iria começar mesmo e Hermione esperava que não fosse mortal, usou os primeiros dias para procurar sobre o evento e ele era de bárbaros.
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Fidelius || Dramione
FanfictionHermione nunca gostou de destino, folhas de chá ou leituras de mão, então quando a professora Trelawney lhe deu um conselho no começo do quarto ano, ela não deixou de debochar mais uma vez e agradecer por ter se livrado daquele absurdo que eram as a...