Clarisse LaRue

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— Vamos, Levante! – ordena Clarisse quando acabei caindo pela quinta vez na arena.

Eu era uma filha de Apolo, meu dom com espadas e lutas não eram os dos melhores. Preferia um arco e flecha do que uma espada.

— Já vou. – resmunguei ofegante, ainda no chão. Clarisse era uma filha de Ares. E era excelente em lutas. Ao contrário de mim, que odiava.

— Vai ficar parada aí por quanto tempo? – Clarisse pergunta com sua pouca paciência de sempre. Mas ela tinha um pingo de afeto no rosto, que era só reservado para mim.

— Eu peço por um intervalo. – exclamei, ainda ofegante. Meu corpo inteiro doía, eu apenas queria me deitar e tomar um banho de água extremamente gelada.

— Mas eu não. Vamos, continue! – Clarisse fala e eu reviro os olhos com o quão mandona ela estava sendo. Não que eu já não estivesse acostumada.

— Não, eu não irei levantar. – digo simplesmente, sem medo algum da provável explosão que Clarisse poderia ter a qualquer momento. — Eu estou quase morrendo aqui, só quero descansar.

Me deito ali mesmo no chão. Olhando para o céu, tentando regular a minha respiração e esperando Clarisse reclamar ou gritar comigo, o que não foi o que ocorreu.

Sinto Clarisse soltar um suspiro logo se deitando ao meu lado no chão.

Fiquei surpresa demais para falar e estava cansada demais para isso também.

— Quando você estiver em uma batalha, não haverá intervalos. – essa foi a única coisa que Clarisse disse. Não me dou o trabalho de responder.

Eu sabia que essa preocupação toda que Clarisse tinha sobre eu usar uma espada, tinha haver com as batalhas próximas que estavam chegando.

Mesmo sabendo que eu na verdade ficaria cuidando dos feridos, com os meus irmãos, ela não deixa de se preocupar com o fato de eu não saber me defender com uma espada.

Era frustrante as vezes, mas também era fofo, já que eu só via ela demonstrando essa preocupação comigo. Na verdade, nunca vi ela tendo algum tipo de afeto nem pelos seus irmãos.

Clarisse era difícil de lidar. Mas eu realmente gostava dela.

— Eu não estarei em uma batalha, – digo, me apoiando nos cotovelos, para olhar uma Clarisse com um olhar pensativo ao direcionar para o céu — mas obrigada pela preocupação, querida.

Ao dizer isso, dou um selinho rápido em seus lábios.

Vejo uma sombra de um sorriso aparecer em seus lábios, antes do sinal que o jantar estava pronto tocar e nós nos levantarmos de mãos dadas, indo em direção ao refeitório.

[...]

Fim.

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IMAGINES - RIORDANVERSEOnde histórias criam vida. Descubra agora