Para o meu cometa...
Que diferente da pálida lunar
com os olhos nus não se pode o avistar.
Cometa que desperta meu fascínio,
meu venusto encanto estelar.Esse que eu apenas observo passar...
Tripulado por ecos de velhas nebulosas,
vivências turbulentas do naufragar.Cometa que nem um telescópio consegui captar,
escutar ou enchergar tamanha lindeza sideral.
Desajustado a vaguear no seu próprio eixo astral.Ciente que meros terráqueos não conseguem lhe notar,
cometa que traça e destraça seu trilhar,
Atravessa a escuridão em um clarear,
cometa andarilho do cosmos a cintilar.Esse mesmo, o celeste e divinal,
que como a brisa na casa da poetisa,
o cometa também faz o poema chegar ao final.CE-30.05.2023|01h27