Correntes - Tatsuya Ryu

011.Catacumbas

Quando os oito cães voltaram com um pedaço de tecido que pertencia a Fujiwara menor,dizendo que o cheiro levava até minas de escavação que atrapalhavam o olfato altamente avançado da matilha.

Ryu entendia,o cheiro de cadáveres e sangue podia ser sentido por qualquer um que tivesse controle o bastante para concentrar chakra nas narinas.

Era praticamente a fragrância natural daquelas terras.Já foi muito bom que os ninkens conseguiram uma direção para eles seguirem adiante.

Na falta de uma localização exata,o time sete teve que seguir a ruiva através das passagens secretas que ela que ela se lembrava.

Os quatro empurraram e puxaram um alçapão enferrujado escondido por ervas daninhas e tijolos quebrados e seguiram adiante,descendo pelo alçapão.

— Eu não consigo ver nada! — Naruto reclamou ao se encontrar na escuridão.

Sasuke cerrou os olhos.Tirando proveito da sua habilidade de fogo que foi cultivada por anos,o Uchiha ergueu a palma da mão e moldou seu chakra para formar uma labareda.As chamas serviram como uma lanterna,melhorando a visibilidade.

Logo,as catacumbas não estavam mais no breu.

— Uh,acho que eu preferia ficar no escuro. — O loiro resmungou ao conseguir ver o que se escondia na opacidade.

O túnel escuro e úmido guardavam um elevado número de mortalidade infantil de séculos atrás,além de alguns túmulos bem maiores,onde foram enterradas famílias inteiras.

Era um cenário arrepiante,mas curiosamente belo.Ao ignorar os significado dos corpos,era possível entender a história por trás dos desenhos,ao mesmo tempo em que as pinturas murais constituem elementos dos ritos funerários,ajudavam a preservar os sepulcros.

Os corredores eram apertados e empoeirados,fazendo Ryu lembrar imediatamente de Riki.Se seu amigo estivesse ali,ele estaria espirrando sem parar e seus olhos estariam lacrimejantes.

Miki provavelmente estaria rindo do estado do irmão gêmeo,dizendo que ele era péssimo para missões infiltradas e ele retribuiria dizendo que todos num raio de um quilômetro poderiam ouvi-la rir igual uma hiena.

Se perguntou mentalmente o que seus amigos fariam se os papéis estivessem trocados e fossem eles que ouvissem sua trágica história de vida.

Ouviu um barulho que um líquido caindo e se virou para Kakashi que olhava para o mesmo lugar que ela.

Querosene pingava de uma lamparina antiga.O líquido escorria perto de uma pilha de osso,se as fagulhas da chama de Sasuke entrassem em contato com aquilo...O local todo iria explodir.

— Vamos nos apressar. — O grisalho disse,tomando distância do líquido inflamável.— Pakkun falou que chegariamos na mina se continuarmos indo para o leste.

Por mais assustadores que os corredores fossem,eles continuaram em frente.Os quatro mantiveram-se com a guarda alta apesar do local ser inabitável,prestando atenção no eco distante de uma voz.

— Tenho certeza que ouvi algo,ttebayo

—Deve ser só um rato.

—Olá?

—Um rato não vai te responder,Naruto. — Sasuke o cortou,meio zombador.

Honestamente,Ryu estava com a cabeça longe.Seus olhos identificaram um laço amarelo amarrado numa pilastra tão velha que praticamente caía aos pedaços.

Ela já tinha passado por aqui antes...Com a sua mãe.

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Antes