CAPÍTULO 2

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Depois de todos os acontecimentos bizarros daquela noite, Cellbit imaginou que o caminho floresta a dentro seria silencioso, deixando claro o cansaço e seriedade perante a situação de todos. Porém, o que acontecia, era o completo oposto.

— Acho que essa é a pior caminhada da minha vida, tipo, pior até que aquela de volta pra casa depois de passar o dia inteiro na praia.

— Meu celular foi com Deus mesmo. Nem lembrei de tirar do meu bolso quando pulei do bote.

— Oh, Zé gotinha! A gente já 'tá chegando?!

— Se o Zé gotinha tivesse essa carinha amigável igual ao do Cocurucho eu nunca mais pisava em um posto de saúde.

Estes eram alguns dos diversos assuntos que rodavam entre os amigos, transformando toda aquela situação tão pesada em algo mais leve e até um pouco cômico. Aquilo fazia o loiro pensar, nem que fosse por um segundo, que talvez não fosse ser tão ruim assim; pelo menos não se seus amigos ainda estivessem ali.

A caminhada se seguiu em fila indiana por cerca de quinze minutos, o que o deu tempo suficiente para descer seus óculos, os deixando pendurados em seu pescoço, torcer suar roupas ainda em seu corpo, pelo menos tentando as deixar menos ensopadas, e conferir os diversos bolsos que haviam em suas vestes.
O isqueiro, lanterna e bloco de notas estavam completamente inutilizáveis. Porém, por sorte, seu celular estava funcionando, mas sem nenhum sinal disponível; o que não era realmente uma supresa.

O tempo que passaram no escuro foi o suficiente para que, quando chegassem em uma clareira bem iluminada por tochas em meio a todas aquelas árvores, precisassem levar as mãos até os olhos, criando um pouco de sombra até que as pupilas se acostumassem novamente.

Cellbit piscou algumas vezes até que conseguisse passear as orbes curiosas pelo lugar.
Não havia ninguém. Apenas eles e Cocurucho.

Abriu a boca para o questionar sobre os outros que o urso havia comentado, porém, antes que o pudesse fazer, foi surpreendido quando o humanoide ergueu a mão direita e então a abaixou rápido, abrindo uma espécie de sistema bem em sua frente. Era uma pequena tela que conforme ele ia clicando, provavelmente selecionando opções, ia abrindo outras com mais informações.

Sua expressão era a de quem via algo que só tinha presenciado em filmes futurísticos pela primeira vez.
Maravilhado, incrédulo e curioso.

— O que é isso?!

A pergunta só deixou seus lábios quando Cocurucho fez o mesmo movimento, mas desta vez ao inverso, fazendo com que aquelas telas flutuantes sumissem em um estralar de dedos.

— WHAT? (O que?)

— Essas telas aí que você acabou de fechar! — Explicou Forever, apontando para onde antes o sistema brilhava. Ele estava tão surpreso quanto os outros.

— INDIVIDUAL GENERAL SYSTEM, THE IGS. (Sistema individual geral, o IGS).

— Ah tá. Ajudou pra caralho.

A voz de Forever veio cheia de ironia, porém, o humanoide não parecia ter realmente entendido aquilo. Diferente do esperado, ele apenas concordou com a cabeça, assimilando aquilo como verdade.

— Então é um sistema mesmo... pra que serve? — Cellbit decidiu complementar ao ver que Cucurucho não aprofundaria a explicação. Ele precisava saber mais.

— THE SYSTEM IS FOR COMMUNICATION, INVENTORY INFORMATION, SKILL LEVEL INFORMATION, ISLAND MAP AND CONSTRUCTION SYSTEM FOR NOW. (O sistema serve para comunicação, informações sobre inventário, informações sobre níveis de habilidade, mapa da ilha e sistema de construção por agora.)

AMARANTH. [Guapoduo]Onde histórias criam vida. Descubra agora