CAPÍTULO 1

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AVISOS:
• Locais, acontecimentos e veracidade dos fatos podem não coincidir com a realidade;
• Nomes reais serão utilizados apenas neste primeiro capítulo;
• Está história é sobre os personagens da série QSMP e não dos streamers. Por favor, mantenha isso em mente.
Tudo nesta fanfic é fictício.

Boa leitura.
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O balançar incessante do navio, o barulho continuo da água se chocando contra a proa e a imensa escuridão que pintava os arredores davam a certeza para Rafael de que ele pensaria duas vezes antes de ir para alto-mar novamente.

Não estava enjoado como Miguel, este que se queixava do mal estar desde a hora que pôs os pés dentro do cargueiro, mas estava longe de dizer que estava bem. Ele havia planejado ler casos não solucionados documentados pela Ordem durante a viagem, esta que estava prevista para durar cinco longas horas, porém sequer conseguia terminar de ler um parágrafo sem sentir os olhos começando a se fecharem lentamente.

Odiava se sentir cansado quando tinha tarefas para cumprir. Por isso, apesar dos constantes bocejos e olhos pesados, insistia em devorar mais e mais documentos sem a certeza de que os entenderia com clareza no final.

As pupilas, já cansadas, passeavam rapidamente pelos papéis pintados com uma coloração amarelada graças a iluminação precária do quarto que se encontrava. Apesar do local ser pequeno, rústico e pouco arejado, o dando aquele cheiro característico de espaço fechado por longos períodos, se sentia confortável. Sim; poderia passar mais algumas horas ali tranquilamente.

Estava quase cochilando. Aos poucos cedendo ao cansaço causado por noites mal dormidas, quando, de supetão, um estrondo ecoou, o fazendo puxar o ar rápido e arregalar os olhos; assustado. Havia sido tão pego de surpresa que demorou para assimilar que o barulho tinha vindo do andar de cima, as risadas abafadas e continuas denunciando os responsáveis.

Desde o início desta viagem, Tarik, Mikhael e Miguel faziam questão de se manterem distraídos da forma mais animada possível, dando a impressão de que a qualquer instante botariam o navio a baixo. Não que isto fosse uma reclamação. Tanto Felipe, um amigo próximo de anos, quanto ele mesmo, se juntaram a eles por uma horinha, o que renderam umas boas gargalhadas e piadas questionáveis. Porém, mesmo depois que precisaram seguir cada um para seu lado para cumprirem seus afazeres, Rafael se situar dos casos e Felipe navegar sobre os mares, a barulheira não se cessou. Talvez fosse melhor assim.

— Rafa? —três batidas firmes foram depositadas na porta de madeira— você 'tá ocupado?

Por estar perdido em seus pensamentos, o loiro levou um pequeno susto ao ouvir a voz de Felipe mesmo que ela tenha soado tão cuidadosa. Limpou a garganta e se ajeitou na cadeira de madeira que rangeu pelo movimento, dispersando os pensamentos anteriores.

— Não, pode entrar.

Respondeu simples, não demorando para que a porta fosse aberta, dando passagem para a figura tão conhecida de Felipe. Os cabelos cacheados pretos estavam uma bagunça e agora ele vestia um moletom vermelho; é provável que estivesse bem mais frio lá em cima agora.

— Posso falar com você rapidinho?

— É claro. Aconteceu alguma coisa?

Perguntou despretensioso, mas a maneira que a expressão do moreno se pintou em uma mistura de confusão e preocupação o deixou em alerta.

AMARANTH. [Guapoduo]Onde histórias criam vida. Descubra agora