02 | your name. I

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Norman poin't of view.

COMO TINHA DUAS PESSOAS MORTAS no carro que uso pra ir embora, tive que ir andando pra casa. Sorte a minha que não era tão longe, apenas uns quinze minutos.

Pego minhas chaves, e abro a porta de entrada dando de cara com minha mãe sentada em uma poltrona de frente pra porta.

- Me ligaram da sua escola, me disseram que ouve um acidente. Seus seguranças estão mortos. - Ela faz uma pausa se levantando. - Minha filha,diz pra mim que não tem nada a ver com isso. - ela finaliza acariciando meu rosto.

- Porquê, tá com medo? - rio da cara da mais velha - Relaxa mamãe, com você eu não faço nada . - subo deixando a mesma perplexa.

Ando em direção ao meu quarto para tentar fazer algo que tire a dos olhos azuis da cabeça. Oque definitivamente era impossível.

Conseguia sentir seus olhos fixados em mim.

Meus pais julgam meu jeito de amar, eles não entendem que se eu não posso ter a pessoa, ninguém mais além de mim pode. E um dia a esverdeada será minha, com vida ou sem.

Me direciono ao banheiro e tomo um banho gelado, afastando aquele lado obsessor que habitava em mim. Eu não era assim, mais a sensação de ver a pessoa que eu amo com outra, acabava comigo e me encorajava a fazer coisas que eu não queria mais era preciso.

Minha família diz que eu não sou normal, e que nunca fui. Quando era criança gostava de ficar sozinha, enquanto todos os meus primos se divertiam juntos. Minha mãe já me disse uma vez que matei um cachorro de uma senhora da rua por ele ter me mordido e logo depois do ocorrido, animais foram encontrados mortos no quintal de nossa casa, meus pais não queriam acreditar que fui eu então me levaram a um terapeuta. Em dois dia a mulher indicou que me levasse no médico, por u apresentar sintomas de psicopatia, minha mãe disse que a mulher estava louca e negou me levar.

Já meu pai não aguentava mais, em um dia que minha mãe não estava em casa meu pai me levou no médico pedindo exames. No primeiro exame constatou que eu realmente tinha um mísero sintoma de psicopatia acompanhada de transtorno mental, com apenas cinco anos, que dificultavam bastante na minha interação com outras crianças da minha idade.

Minha mãe não acreditou quando meu pai arremessou os exames nela. Ele chorava nos braços de minha mãe, dizendo que me amava, mas não merecia uma filha doente.

Eu não entendia então apenas me agarrei em sua perna,e me permitir ficar ali. Só sei que depois disso meus pais conversaram e disseram que não iriam me abandonar, mesmo minha mãe não acreditando. Eles estão comigo até hoje, e realmente não faria nada a eles.

Me seco e vou até o closet, pegando um pijama pretendendo dormir a tarde toda.

E foi oque fiz, dormi a tarde toda acordando de madrugada com uma cede desgraçada.

Desço as escadas ainda tudo escuro, tropeçando em tudo na minha frente. Chego na cozinha e bebo dois copos de água sentindo um alívio enorme na minha garganta que segundos antes estava seca.

Subo para meu quarto, ponho um casaco e sigo até a sacada acendendo um beck de maconha que estava guardado no bolso da mesma. Dou a primeira tragada lembrando que minutos antes havia sonhado com a de olhos azuis.

Estou absolutamente obssecada por ela, e provavelmente isso não vai ter fim tão cedo. E não vai acabar bem.

Apago o cigarro no cinzeiro e novamente me deito tentando dormir, mais minhas tentativas eram falhas pois somente oque se passava na minha cabeça era ela.

Oque eu mais queria saber era seu nome.

E pra isso acontecer eu tinha que ir pra escola amanhã, e pra mim ir pra escola amanhã eu tinha que dormir nesse exato momento. E eu consegui? NÃO!

Por causa dessa filha da puta do caralho.

Eu posso ser louca de ser obssecada por uma pessoa apenas por olhá-la? Posso.
Mais eu não tô nem aí.

Quando sinto meus olhos pesarem e durmo.

[...]

Acordo com o despertador berrando em meus tímpanos. Me fazendo ficar estressada logo cedo .

Me sento da beirada da cama ficando ali refletindo sobre a vida, até que tomo coragem de levantar pra tomar banho. Depois do mesmo ponho um moletom preto e uma calça cargo cinza,nos pés um coturno e amarro meu cabelo em um coque desajeitado.

Desço até a cozinha conferindo se meus pais ainda estavam ali. Mas sem sinal deles.

Já que não tinha ninguém pra me levar,pego a chave do meu carro e saio com o mesmo em direção a escola.

Chego la e o sinal ja havia batido,se não fosse por conta daquela garota que ainda nao sei o nome eu daria meia volta e voltaria pra casa na inteção de dormir o dia todo.

Enquanto passava pelos portões da escola, me lembrava que ontem não havia tomado meus remédios. Me xingo mentalmente pensando que se minha mãe souber ela come meu cu.

Não posso ficar sem tomar meus remédios se não nas palavras de minha mãe, fico "descontrolada".

Consigo me sentar em minha cadeira depois de quase cinco minutos levando uma bronca da professora por chegar atrasada. Apenas calei minha boca senão a mandaria enfiar a pontualidade que ela tanto me exigia no centro do cu.

Só percebo a presença de Camila quando a mesma senta-se ao meu lado. Ela é a única pessoa nessa escola que sei o nome,tirando uma tal de Ariana, que falam mal por aí.

- Bom dia Norman. - Apenas retribuo o seu bom dia com um sorriso fechado. - tá animada pra conhecer meus amigos? - quem que fica animado em uma quarta de manhã? Slk. Pra não a deixar sem resposta acento com a cabeça, fazendo a mesma sorrir pra mim.

Não sei oque dizer sobre como foi as últimas aulas pois eu dormi pesado ao invés de escutar,pois teria prova daqui duas semanas.

Apenas bufei quando vi que a última aula antes do recreio era um texto. Voltei a dormir e claro amigas e amigos .

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𝙃𝙞𝙜𝙝 𝙀𝙣𝙤𝙪𝙜𝙝 - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora