05 | unhappy memories

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Norman poin't of view.

HOJE SERIA A FESTA na casa da Milla. E eu não tava nem um pouco afim de ir, mas pra não parecer uma péssima amiga irei.

Eu estava em casa, não fui a escola hoje. Na verdade pros meus pais eu fui, disse que ia sair e fiquei atrás do poste um pouco longe da minha casa, quando vi que eles já tinham ido trabalhar dei meia volta e voltei pra casa. Tinha coisas pendentes pra fazer.

Primeiro tinha ido até a lanchonete e perguntei a uma senhora se alguma menina que trabalhava aqui tinha ido pro hospital. Ela me perguntou o porque de eu estar querendo saber, disse que era uma amiga distante..

Ela então me passou o endereço do hospital e pra minha sorte era o do meus pais. Se eles me vissem ali estaria ferrada.

Peguei meu carro e fui em direção ao hospital particular.

Botei o capus do casaco na cabeça e entrei torcendo pra que meus pais não estivessem no mesmo andar que eu. Falei com a recepcionista que me reconheceu e quase voei na cara dela quando ela praticamente gritou meu nome. Oh ódio.

Perguntei sobre as pessoas que chegaram recentemente e ela me disse sobre umas quatro pessoas. - Uma delas estava fedendo bastante. -

Foi quando achei a pessoa que estava procurando. Perguntei em qual andar ela estava e era o segundo, quarto 13, dava pra ver a janela pelo lado de fora do hospital. A mesma disse que meus pais também estavam lá, então não poderia ir pelas escadas ou elevadores.

Então tive a brilhante ideia de escalar a árvore que dava acesso a janela do quarto 13. Estava toda lanhada quando quase cai de cara no chão ao entrar no quarto, o barulho foi um pouco alto assustando a loira que estava na sentada na cama comendo algo em um potinho branco.

- Oi lindona, lembra de mim? - digo sorrindo ajeitando minhas roupas com algumas folhas. A mesma me olha assustada e confirma minha pergunta. - Que bom que lembra, por acaso contou o porquê de estar aqui? - me aproximo.

- N-nao contei nada, eu juro! - ela diz trêmula.

- Ótimo, por que se tivesse contado eu mataria você aqui, e agora. - digo tirando a faca de 25 centímetros da cintura fazendo os olhos da mesma lagrimejarem. - Que dia vai ganhar alta? -

- Hoje... - ela diz como um sussurro.

- Toma.. - entrego um papel a mesma que contia meu número. - A noite.. me liga , vou vir te buscar. E se arruma bem bonita, passa uma base nessa cara toda fudida sua. Você vai em uma festa comigo hoje, aí eu quero ver se tu vai mexer com a mina dos outros denovo. Tabom? - digo bem perto de seu rosto.

- T-tabom - ela diz e uma lágrima cai de seus olhos marejados. Por fim deixo um beijo em sua bochecha, e escuto a voz de meu pai, guardo a faca cuidadosamente na cintura e literalmente me jogo da janela ao ver a maçaneta da porta girar. Se não tivesse me agarrado da árvore estaria esparramada no chão igual merda.

Chego em casa e estaciono o carro na garagem, destranco a porta e entro quando me sento brutalmente no sofá sinto uma ardência forte na cintura.

Me levanto novamente e tiro minha blusa junto com o casaco, vendo a faca cair com um pouco de sangue. Direciono meu olhar a minha cintura e vejo um grande arranhão ali.

- Merda. - digo a mim mesma. Pego a faca do chão e me direciono até a cozinha deixando a mesma dentro da pia. Subo as escadas e vou ao banheiro, pego um kit de primeiros socorros e abro a encima do balcão da pia. Pego o álcool molho o algodão e dou um grito quando o líquido gelado colidiu contra minha pele rasgada. Filo ali por um minuto e aplico Hansaplast, cubro a mesma com gaze e ponho um fita por cima para permanecer no lugar.

Vejo no relógio que ainda são 13:19, troco de blusa e desço pra cozinha novamente pra preparar algo pra mim comer.

Enquanto meu miojo começa a ferver observo a faca com respingos de sangue na lamina. Me fazendo lembrar de Jaden..

Jaden se suicidou quando eu tinha quatro anos, ele era meu irmão mais velho. Meu único irmão na verdade, e era com ele que eu passava mais tempo. Ele tinha dez anos quando decidiu fazer isso , depois de saber que sua única amiga tinha sofrido um acidente e vindo a óbito. Ele então me pegou no colo e me levou ao seu quarto, disse que sem ela ele voltaria a apanhar na escola pq era ela quem o protegia dos valentões.

Ele me pois em cima da cama e se sentou na minha frente, cortanto seus pulsos em uma linha vertical. Foi nesse dia que ele me deu seu último beijo.

Eu chorei horrores quando soube o porque de meu irmão não aparecer todas as noites na mesa de jantar.

Naquele momento eu não sabia oque fazer eu não entendia o porque daquilo vermelho estar saindo dos pulsos do meu irmão. Então apenas chamei meus pais dizendo que Jaden estava brincando de colorir.

Me perguntava, por que? Porque minha mãe estava chorando com meu maninho nos braços? Porque papai ligava pra emergência?

Eu só fui saber dois anos depois.

Quando percebo já estou com o rosto molhado pelas lágrimas que caíram de meus olhos. Pego a faca e lavo a mesma guardando no devido lugar. Desligo o fogo e me sirvo em um prato fundo junto com um suco de maracujá.

Depois de me alimentar lavo oque sujei e subo pro meu quarto me jogando na cama começando a mexer no celular.

Logo recebo uma mensagem de Billie. Billie me mandando mensagem ? Que macumba é essa? AASMEI.

Ainda estava surpresa que Billie tinha me mandando mensagem por livre e espontânea vontade

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Ainda estava surpresa que Billie tinha me mandando mensagem por livre e espontânea vontade.

Largo o telefone de lado e ligo a TV colocando em um programa mexicano.

Fico por lá, assistindo aquelas mulheres de biquínis dançando.

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𝙃𝙞𝙜𝙝 𝙀𝙣𝙤𝙪𝙜𝙝 - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora