Parte I

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Clara Albuquerque

O ar-condicionado na temperatura mais gélida climatizando a sala na tarde daquele sábado, ainda não era o suficiente para aplacar o calor que exalava dos meus poros naquele sofá de couro enquanto Helena e eu trocávamos amassos.

O som baixo da TV que transmitia o filme que à alguns minutos estávamos assistindo, se misturava com o som das nossas respirações ofegantes, enquanto as mãos atrevidas da minha namorada mapeavam meu corpo de forma firme, me fazendo delirar de prazer sem antes mesmo ela ter me tocado intimamente. 

Sua língua ávida explorava a minha boca sensualmente e dava chupões que me faziam enlouquecer. Eu maltratava a sua nuca deixando arranhões nada leves e vez ou outra puxava os fios castanhos do seu cabelo com força, a fazendo gemer em um misto de dor e de prazer. Eu sabia que ela gostava.

Sentí os pelos do meu abdômen eriçarem quando sua mão esquerda adentrou a minha blusa, levantando o tecido fino da mesma fazendo menção de tirá-la de mim. Não estava com paciência e nesse momento nem tínhamos muito tempo para preliminares, visto que Helena iria sair em menos de uma hora, então já rompi o contato de nossas bocas para que ela pudesse remover de uma vez a peça do meu corpo, exibindo meu sutiã de renda branco que  ela adorava e eu o usava propositalmente.

Weinberg desceu suas orbes castanhas para os meus seios e depois me fitou com um olhar luxurioso. Prendi meu lábio inferior entre os dentes e lhe encarei da mesma forma.

Ela deu um sorriso de canto sacana e passou a pressionar sua perna, que se encaixava no meio das minhas, no meu sexo enquanto atacava com gana o meu pescoço. Gemi instintivamente ao pé do seu ouvido sentindo aquele frenesi sem pudor enquanto minha intimidade já pulsava a ponto de doer de tanto tesão.

Senti o arrepiar da nuca da minha mulher sendo palpável em minhas mãos, e a respiração quente e pesada de Helena resvalando pelo meu pescoço enquanto ela o chupava e mordia fazendo meu interior se contrair.

Voltou a me beijar a boca e eu desci as mãos para a sua bunda apertando e estimando aquela fricção gostosa. Em resposta, a mulher que estava com o corpo sobre o meu, finalizou o beijo e atritou nossos olhares sedentos passando a se mover forte e lentamente naquela região, de forma sinuosa e dissimulada me desconcertando.

A pressão que a mesma fazia era tão descomedida que meu corpo era impulsionando a encenar um sobe e desce comandado pelo empurrar de sua perna contra meu sexo.

Que delícia!

A puxei para mais um beijo seguindo o mesmo ritmo. O contato foi rompido quando sentí sua mão escorregar habilidosamente para o meio de minhas pernas, já adentrando o short e driblando o elástico da minha calcinha para chegar onde eu tanto anseava.

Mas antes de ter o que eu queria, um barulho estridente nos chamou a atenção. Praguejei ao universo mentalmente mas não parei de sugar a língua aveludada que adentrava minha boca. Ela retirou suas mãos de onde estavam e nos afastou contra minha vontade me fazendo grunir em reprovação.

— Merda! — Xingou — Eu preciso atender, amor. — Disse ofegante.

— Não, Lena. — Segurei firme na sua nuca e mirei seus olhos desesperadamente.

Em um ato impulsionado pelo o tesão, levei sua mão para dentro da minha calcinha e gemi manhosa quando senti seus dedos escorregarem na umidade que se concentrava alí no meio.

— Olha o estado em que estou.. — Susurrei contra a sua boca — Prontinha pra você! — Minha voz era rouca e quase inaudível — Não me deixa assim, por favor. — supliquei.

Ainda bem | ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora