Não foi bem isso que eu pedi...

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Olá, como vocês estão?

Peço perdão pela demora, essa semana eu tive um leve bloqueio criativo por conta de alguns assuntos que eu estava resolvendo em minha vida pessoal. Agora, com tudo resolvido, estou de volta com o capítulo 4.

O capítulo foi revisado, mas eu peço que relevem os erros persistentes, ok?

Boa leitura! ♡


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CAPÍTULO 4


Durante aquela noite, Jin Ling não dormiu direito. O machucado em sua perna latejava, causando-lhe uma dor horrível e deixando o seu tio em estado de alerta. Não imaginou que o ferimento fosse tão grave até aquele exato momento. Mesmo limpo e com o remédio aplicado, a dor era intensa; tentava relaxar à todo custo, mas era em vão. O menino apertava os lábios, enquanto se esforçava para se sentar em sua cama, tendo o olhar de Fada sobre si. A cadelinha tratou de se levantar e se aproximar de seu dono ao perceber que o garoto já estava desperto, e sua agitação logo aumentou ao ouvir os grunhidos doloridos. O animal choraminga, enquanto fareja o adolescente.

— Eu estou bem, Fada, não precisa ficar desse jeito — acariciou brevemente a cabeça do animal. — É só que... isso dói demais!

Jin Ling ergueu a barra da calça a fim de observar o ferimento. Estava inchado, ardia e latejava, mas não sangrava. Soltou um suspiro e pôs cuidadosamente as pernas para fora da cama, numa tentativa falha ele tentou se colocar de pé e se arrependeu logo em seguida, caindo sentado.

— Agh, mas que droga! Fada, vá chamar o tio. — Ordenou. Fada, como uma boa cadelinha, obedeceu seu dono e correu para fora do quarto. Não demorou muito e ela retornou, trazendo o homem mais velho consigo.

— O que foi agora, garoto?

— Não tem algo que faça isso aqui parar de doer?! — Questiona impaciente.

— Vá se banhar primeiro. Não posso aplicar remédio algum sem antes isso aí estar higienizado. — Sua fala saiu cansada, porém, em sua face estava uma carranca que parecia competir com a do sobrinho. O menino resmungou algo incompreensível aos ouvidos do tio e se levantou com ajuda do mesmo.

O garoto tentou não demorar tanto, afinal, o machucado latejando não permitiu tal coisa. Logo chamou – praticamente gritou – pelo seu tio novamente, o mais velho o repreendeu – também gritando – e o auxiliou na volta para a cama. O menino já estava devidamente vestido com as roupas de LanlingJin, exceto o robe amarelado, e o cabelo bem penteado adornado com os adereços de sua seita.

— Tente não arrancar minha perna novamente, por favor!

— Eu bem que deveria! Ainda não consigo engolir essa história de você bancar o herói e, no fim, fugir como um covarde! Que grande ato heroico, hein, garoto?!

— Ora essa! Se fosse o senhor em meu lugar, tenho certeza que também fugiria!

— Espero que isso sirva de lição e, quem sabe, você aprenda a me obedecer. — Disse tirando um sachê com algumas ervas medicinais de dentro de seu robe. O Jin nada respondeu além de se emburrar, enquanto assistia o tio se agachar e aplicar o remédio em seu ferimento, contendo a surpresa ao sentir que, daquela vez, o mais velho estava sendo mais cuidadoso. Ele não ousou proferir mais nada, mas não evitou cruzar os braços e contrair os lábios em um bico emburrado.

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