In your skin Marcado na sua pele

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Capítulo 5

Wang Yibo

Xiao Zhan  tava bêbado pra caramba. Com aquela roupa, parecia ter saído de alguma fantasia retrô, e aqueles coturnos que ele tava usando me faziam babar. Passei a semana inteira de mau humor e emburrado. Meus amigos repararam, meus clientes repararam, a ômega que dispensei no sábado reparou. Mas eu não conseguia entender o porquê. No começo, achei que era por causa do Yizhou. Fiquei puto por que ele simplesmente não falava pra mamãe crescer e superar aquelas merdas todas que pôs na cabeça. Queria que o cara viesse passar um tempo comigo, se divertir um pouco antes de ter que voltar pro meio do deserto. Só que ele não tinha perdido a esperança de consertar nossa família zoada, e eu não queria brigar com meu irmão, a porra do herói de guerra. Achei que só precisava comer alguém, mas a ômega loira gostosa de sábado à noite começou a me irritar quando a gente ainda estava dentro do carro, indo pra casa dela. Quando entrei no quarto, a última coisa que queria era ver aquela mina pelada, e saí correndo.

O domingo passou voando, e meu humor piorou. Os caras sugeriram ir pro Goal Line, achando que, de repente, eu tava era precisando levar uns tapas verbais de uma loira gelada. Mas não quis ir e passei o dia ruminando e jogando videogame. Não sabia o que tava rolando comigo. Mas quando  Xiao Zhan  grudou em mim comecei a entender.
Fazia dias que eu não conseguia tirar da cabeça aquela imagem da bunda dele. Pode me chamar de superficial, pode me chamar de porco chauvinista, mas comecei a ver a ele por outro ângulo depois de dar de cara com ele toda sensual . Tipo como se tivesse sido apresentado pra ele de novo. Aquele menino todo enjoado e certinho que o Lee idolatrava tinha sido possuído por um universitário sexy que me fazia passar as noites em claro, tendo pensamentos pornográficos.

Quando  Xiao Zhan  me encarou com aqueles olhos arregalados, mal parando em pé, eu sabia que o certo seria curar a bebedeira e mandar ele pra casa. Só que o filho da mãe me beijou, e tenho quase certeza de que esqueci até meu nome nessa hora. No começo, fiquei passado demais pra reagir. Sério, centenas de ômegas já me beijaram, e sempre foi bom, mas  Xiao Zhan  foi direto ao ponto e logo me levou à loucura.
Depois que o sangue voltou a circular em outras partes do meu corpo que não fossem da cintura pra baixo, percebi que ele tava se afastando, ou melhor: caindo. Sim, sou um cuzão da pior espécie, porque sabia muito bem que ele estava bêbado e que, para todos os efeitos, tinha sido namorado do meu irmão gêmeo. Mas nada disso me impediu de ir em frente, porque o gosto de Xiao Zhan  era muito bom, meio azedinho, melhor do que qualquer coisa que já tinha provado em toda a minha vida. Aquela blusa transparente ficou roçando de um jeito sensual no meu peito. Pra completar, ele estava com as mãos em volta do meu pescoço, brincando com meu cabelo . E tudo isso ia direto pro meu pau, que tava gritando pra eu fazer alguma coisa. Então eu fui lá e fiz, porra!

Peguei ele no colo, , e eu tava cansado de me abaixar.  Xiao Zhan  tava com uma calça justa, que foi fácil puxar pra baixo depois que tirei seus cuturnos, pra ele enroscar aquelas pernas torneadas em mim. Aí fez um barulhinho de quem tinha ficado sem fôlego, e até teria parado o que estava fazendo com a boca se ele não tivesse usado essa nova posição pra ficar se roçando no meu pau duro e enfiando as mãos por baixo da minha camiseta. Já pensei muitas coisas sobre  Xiao Zhan , mas que ia ficar assim, todo soltinho, se levasse um pega de jeito nunca passou pela minha cabeça. Ele sempre me pareceu tão frio e travado, mas arrancou minha camiseta e fez um troço com a língua no meu piercing que quase me deixou vesgo.

Eu sabia – racionalmente, pelo menos – que o Nash podia entrar pela porta a qualquer momento com aquele ômega que mora com ele, e que aquilo tinha que parar. Nunca ia me perdoar se deixasse isso fugir do controle com  Xiao Zhan  tão bêbado. Quando senti que ele tava me empurrando um pouco, pus ele de volta no chão, esperando que mesmo cheio de tesão eu pudesse ser a voz da razão daquela situação.