Cap. 22 - Cidade Lunar.

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•✦───────────• Círculo de Pesadelos, Cap. 22

Eram quase duas da manhã, a cidade de Fox estava deserta e mais fria do que costumava ser

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Eram quase duas da manhã, a cidade de Fox estava deserta e mais fria do que costumava ser. Não chovia, porém, uma densa névoa cobria as ruas, acompanhada da luz forte e laranja das lâmpadas incandescentes dos postes. Mono e Safira estavam dentro da kombi dirigida por Dimitri, sentados próximos à janela. Mono olhava a rua, Dimitri estava dirigindo calmamente em direção ao condomínio onde Liza estava morando. Safira estava sentada no colo de Mono, ela acariciava seus cabelos ondulados enquanto apoiava seu queixo sob a cabeça do mesmo, também observando as ruas passarem lentamente pela janela da kombi.
— É bonito, não é? - Perguntava Mono.
— O quê?
— A madrugada. As luzes incandescentes, a calmaria, o frio. Eu amo a tranquilidade da madrugada. Ultimamente ela me faz lembrar você.
— Sério? - Safira perguntava, e em seguida, via Mono acenar positivamente com a cabeça. — Também tem algo que vem me lembrando você ultimamente.
— O quê?
— A lua. Principalmente quando está cheia.
— Você gosta de observar a lua?
— Gosto, ela me lembra a minha mãe.

Safira estava mentindo esse tempo todo para Mono, dizendo que cuidava da sua mãe doente junto de James, mas, a verdade é que sua mãe já morreu faz tempo. Safira, nesse momento, se lembra de como era bom sentar no colo dela, enquanto as duas observavam a lua pela grande janela de seu quarto quando ela era criança.
— Sempre que se sentir triste, querida, você pode vir aqui olhar a lua, ela sempre ouvirá o que você tem a dizer e confortará você. - Ela acariciava os cabelos de Safira, que estava olhando fixamente para a lua com os olhos brilhando.
— Então por que não nascemos na lua? - Questionava Safira, que veria sua mãe sorrir em seguida.
— Você gostaria de ter nascido na lua, querida?
— Sim.
— Por que?
— Porque ela é muito linda, e como a mamãe diz, eu sempre posso contar com ela quando estou triste.
— Você se sente muito triste ultimamente, meu bem?
— Só quando o papai briga com você.
Após isso, Safira via o rosto da sua mãe criar uma expressão de preocupação, ela desviava o olhar, olhava para o chão agora, porém, continuava a acariciar os cabelos de Safira.
— Sua mãe deve ser uma pessoa incrível. - Dizia Mono, dando um beijo na bochecha de Safira, que agora saía de sua doce lembrança e voltava a prestar atenção no garoto.
— Ela.. É. Ela é. Enfim, Mono.. Sempre que se sentir sozinho, saia para ver a lua, imagine que eu estou lá. Assim você nunca estará sozinho. - Safira falava enquanto olhava para o céu através da janela, os feixes de luz incandescente volta e meia clareavam o interior da kombi em movimento. Mono pensava sobre o que a garota havia dito.
— E eu só encontraria você na lua?
— Acho que sim.
— Então fica aqui, não vá embora.
— E por que eu iria? Bobinho. - Ela sorria para Mono.
— Porque quando o sol aparece, a lua vai embora. Então fica comigo. Mesmo que o sol chegue. Não ir embora nem se o sol chegar.
— E o que seria o sol para você?
— Eu acho que seria os meus problemas.. As minhas crises e os pesadelos. Espero que nada disso afaste você de mim.
— Nada me afastará de você. - Safira segurava as laterais do rosto de Mono, assim, lhe dando um beijo.

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