Capítulo três

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Havia uma grande rocha apoiada em suas costas, ao menos era assim como Damon se sentia, dia após dia parecendo ficar mais pesada

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Havia uma grande rocha apoiada em suas costas, ao menos era assim como Damon se sentia, dia após dia parecendo ficar mais pesada. Ou ele que estava perdendo suas forças.

Estava cansado das incessantes brigas com seu pai, sempre havia sido daquela forma, parecia que Giuseppe utilizava as brigas com seu filho como um escape para toda as frustrações que ele tinha com o mundo, mas as coisas só pioraram depois que Lilian, sua esposa, havia morrido. O Salvatore mais velho nunca tinha sido o melhor dos maridos, quase nem mesmo um marido, entretanto, as responsabilidades da casa eram dela e agora ele não tinha ninguém para lidar com elas, isso só servia para deixá-lo mais raivoso.

As mãos desenhadas por veias saltadas que corriam pelos braços maculinos alisaram o tecido das roupas novas com apreço. Odiava quando o pai lhe dava ordens e ele tinha que seguir, todavia, aquela era uma ordem que o agradava. Ir até o alfaiate para ternos novos o deixava contente. Tudo bem que Giuseppe havia mandado que ele escolhesse algo preto para que, segundo as palavras do mesmo, Damon parecesse como um sério homem Salvatore pelo menos nisso, mas tinha optado por azul escuro. Lhe caía muito melhor e era sua pequena forma de revolta.

Naquela noite seu pai daria o primeiro jantar para seus amigos depois que Lily havia morrido. Era estranho sua mãe não estar por lá para coordenar tudo, desde o prato de entrada até o tecido dos guardanapos. Esperava que aquela dor de cabeça desse certo ou seu pai ficaria ainda mais detestável pelos próximos dias.

O Salvatore de olhos idênticos aos de sua mãe fingia não ver que a maioria das pessoas nas ruas giravam o pescoço para vê-lo passar por ali. Dificilmente andava de a pé, mas de vez em quando, gostava de o fazer, pelo menos assim levaria mais tempo para chegar na sua bendita casa.

Acenava para alguns conhecidos e sorria para algumas mulheres como se sua vida fosse maravilhosa. Pensou duas vezes quando recebeu um aceno da bonita mulher parada em frente ao bordel da cidade, mas então balançou a cabeça e seguiu. Seria maravilhoso tomar o dia para se perder nos prazeres carnais, contudo, tinha que voltar ou seu velho não ficaria feliz. E se ele não estivesse lá para suportá-lo, Sefan teria que o fazer. Seu irmãozinho já estava sofrendo demais com a falta de sua mãe.

Seguia seu caminho decidido pra casa quando algo o fez desviar o olhar, esse algo que o fez esquecer de qualquer outra preocupação. A mulher mais linda que Damon Salvatore já havia colocado seus olhos.

Seus cabelos longos com fios mais claros do que o ouro pareciam flutuar ao seu redor a cada pequeno movimento. Sua pele quase tão branca como suas vestes esvoaçantes a deixava parecendo um anjo. Será que era uma visão? Porque, mesmo sendo cristão, ela lhe fazia acreditar que deuses existiam, já que ela só poderia ser descrita como uma.

Assim que a mulher, parecendo perdida, virou o rosto parcialmente em sua direção, o homem achou que havia levado um soco em seu estômago. Damon Salvatore havia perdido o fôlego. Aquela era a mulher com quem se casaria um dia, e nada o faria mudar de ideia.

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