O cara da moto era Thomas.— Você me xingou ou eu estou ouvindo coisas?— Pergunta ele com aquela cara de cu que não sorri para ninguém.
—Deve estar ouvindo coisas mesmo. Com o barulho da moto era praticamente impossível ouvir alguém falando. — Respondi tentando não mostrar que estava nervosa.
— Não dá para escutar se a pessoa falar normalmente, mas você estava berrando.
— Eu continuo achando que você está ouvindo coisa, porque eu não falei absolutamente nada.
Do nada vejo o Uber começar a ir embora me fazendo arregalar os olhos
— OH MOÇO, ONDE VOCÊ VAI??— Grito frustrada
O Uber para e o moço abre a janela do carro.
— Sinto muito moça, mas eu não vou ficar esperando você terminar uma discussão com o cara que fez você cair e que você depois xingou.— Responde ele e vai embora.
— COMO ASSIM MOÇO??? AH VAI TOMAR NO CU.
Eu juro que não tenho uma obsessão por bundas tá.
—Agora tenho certeza que não estou ouvindo coisa. — Fala o Thomas debochando
— Ah cala a boca! A culpa é toda sua.
— Minha?— Pergunta Thomas incrédulo.
—Sim, sua. Se você não estivesse dirigindo que nem um louco acabadinho de sair do hospício eu não teria perdido o meu Uber
— Você me chamou de louco? Você é a única louca aqui. Você sabe bem quem eu sou e se atreve a me chamar de louco? — Ele faz o som de uma risada ironica, mas sem mostrar qualquer sorriso.
Cara estranho.
Eu simplesmente paro de encarar ele e não respondo.
Ele põe o capacete e fica pronto para ir embora.
— Espera.— Digo antes dele ligar a mota.
— O que você quer agora. Já estou de saco cheio.
— Você pode me levar a casa? — Perguntei sem conseguir encarar ele.
— Você está de sacanagem né?- pergunta incrédulo.
— Aquele foi o único Uber que consegui para vir me buscar, agora não tenho como ir para casa.
— Se vira garota. Tenho coisas mais importantes para fazer.
E ele vai embora.
Aquele babaca, é tudo culpa daquele cara de bunda e ele nem me dá uma ajuda.
Idiota.
Não tive outra opção a não ser ir para casa a pé. Como se a minha casa fosse logo ali ao lado.
Estava ficando de noite e eu ainda não tinha chegado em casa. Estava numa rua que eu não conhecia.
Continuei andando e comecei a ouvir pessoas falando.
Fui caminhando em direção às vozes para pedir ajuda.
Mas me arrependo no momento a seguir.
Thomas.
Será que eu nunca vou me livrar desse cara?
Estava ele mais uns caras batendo noutro.
— Você tem dois dias para me pagar aquilo que deve, caso contrário você vai pagar com a sua vida. — Ameaça o Thomas enquanto agarra com força no cabelo do cara no qual tinha acabado de bater fazendo o mesmo olhar para ele.
Eu não sei o que aconteceu comigo, mas eu simplesmente congelei. Fiquei ali parada tentando entender o que estava acontecendo bem na minha frente.
Tentei sair dali o mais depressa possível mas fui contra uma caixa cheia de garrafas de vidro fazendo barulho e atraindo a atenção de todos aqueles caras, incluindo o Thomas.
Mas quem é o imbecil que deixou uma caixa no meio do caminho.
Thomas me encara e eu começo a correr que nem louca.
Continuo correndo o mais rápido que consegui mas sou parada por uma moto que para bem na minha frente.
Thomas.
— O que você está fazendo aqui garota?— Pergunta o Thomas
— Tentando voltar para casa porque um imbecil fez eu perder o meu Uber. Mas quem diria que eu ia encontrar o tão famoso Thomas Collins batendo em alguém.
— Você não vai falar para ninguém aquilo que você viu aqui hoje!-fala ele com um tom ameaçador aproximando o seu rosto do meu.
— E o que faz você pensar que eu não vou contar para ninguém? — Provoco
— O que você quer? Dinheiro?
— Eu de você só quero é distância. Mas primeiro podia me levar a casa?
— Tá louca? Se alguém vê eu te levando a casa a gente vira notícia de um momento para o outro. Não sei se você se lembra, mas eu sou famoso.
—Ah, então você prefere uma notícia sobre você andar na má vida? Chantageando pessoas e muito provavelmente envolvido com drogas?
— Você quer tanto assim que eu te leve em casa? O meu pai tem de ter mais atenção nas pessoas que contrata. Você deve ser mais uma das garotas desesperadas por um pingo da minha atenção.
— Se o seu pai deve ter atenção nas pessoas que contrata também tem de ter atenção no filho que tem em casa né. E não eu estou nem aí para a sua atenção. Só preciso de ir para casa o mais depressa possível.
Ele para olhando para mim.
— Tá. — ele cede finalmente.— Anda logo garota.
Eu subo na moto dele e digo onde é minha casa.
Que dia de bosta, para além de perder o meu Uber ainda tenho de ir agarrada a um cara que eu odeio até casa.
É verdade que só vou com ele porque eu quis, mas eu estava desesperada.
A esta hora o meu irmão já está em casa e da última vez que me atrasei ele tentou fazer a janta e quase explodiu com a casa toda.
E gente, o Uber pode deixar uma pessoa assim do nada?
Enfim, eu achava que o meu dia não podia ficar pior.
Até que...
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O Filho do Meu Chefe
RomanceEmily é uma garota que trabalha com o empresário mais rico do mundo É nesse trabalho que ela conhece o filho do seu chefe, o Thomas. Emily não gosta de Thomas por ele ser muito arrogante, mas será que com o passar do tempo esse ódio se torna em alg...