✰ 𝐎𝐋𝐈𝐕𝐈𝐀. Uma mulher de 30 anos, infeliz com o seu presente chato e metódico e arrependida com o seu passado jovem e imaturo, volta no tempo revivendo os seus 15 anos novamente.
☕︎ 𝐉𝐎𝐄𝐋. um homem de 30 anos, desiludido no amor, acaba volt...
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𝐎𝐋𝐈𝐕𝐈𝐀 2006
— Ele tá recitando Trem-bala? — Penso em voz alta.
As pessoas a minha volta cochicham e comentam enquanto Joel, meu melhor amigo de infância, recita uma música de 2016, em 2006.
O garoto termina com um sorriso vitorioso no rosto, meu olhar espantado e confuso encontra o dele, ele me olha, e para, como se tivesse paralisado por alguns segundos.
Meu coração dispara, sinto a minha barriga gelar, e quando achei que ele iria vir falar comigo, Anita, uma antiga colega de escola, puxa Joel pelo braço e o arranca dali em segundos.
Eu definitivamente não fazia ideia do que estava acontecendo, mas já percebi que essa coisa de viagem no tempo não tem lá grande sentido. Pensei em ir até eles, tentar entender algumas das minhas perguntas, e eu tinha muitas. Mas resolvi deixar de lado, por enquanto. E explorar meu antigo colégio, senti falta daquele lugar por anos.
Ando pelo imenso corredor, observando cada pequeno detalhe, diversas lembranças passam pela minha mente como vários flashs.
Meus olhos passam por todo o lugar, e param na sala a minha frente. Era a sala de Filosofia, a maior sala do colégio, eu passava grande parte do meu tempo ali, as lembranças veem instantaneamente ao entrar pela porta, vou até à mesa principal, que era a maior, e pego um dos livros, abrindo e observando as páginas, rio quando percebo que anos depois, a matéria continua confusa pra mim.
Escuto passos, bem familiares. E segundos depois, vejo Betty, a Professora e Diretora da Escola, arrastando Joel pelo braço e entrando rapidamente na sala ao me ver, agradecendo por ter me achado.
— Bom, Senhorita Olívia, O Nosso caro amigo Joel está mais descontrolado do que nunca hoje. Ele quebrou o violão do Henrique, Acredita?! — finjo surpresa, arregalando levemente os olhos e segurando a risada -Ele me disse que não foi até lá com a intenção de brigar, e que vocês teriam marcado de se encontrar ali, isso é verdade? — O garoto me olha com a típica cara " me salva dessa "
— Claro Senhora Betty! — Puxo seu braço e o trago para perto, tirando o coitado das garras da Mulher.
Ela murmura algo como " Adolescentes me estressam " e sai, Nos deixando sozinhos. O garoto se vira para mim, dando um sorriso gratificante e meu coração parece não ter controle pelos próximos segundos.
— Valeu por me livrar dessa
— É claro! Eu não podia deixar o futuro sucessor da Ana Vilela se ferrar, não é? — Comento com ironia. O garoto arregala os olhos, abre a boca e a fecha novamente, até as palavras sairem
— Espera...Você também?
— Digamos que o Floguinho seja uma ótima máquina do tempo.
Ele me abraça e eu sinto borboletas nascerem no meu estômago, seus braços envolvendo o meu corpo ainda me trazem a mesma sensação.
