7 - Desespero

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Assim que vou em direção ao quarto da minha mãe, dou de cara com o médico me esperando sentado em um dos bancos ao lado do quarto 13.

Ele se levanta e estende a mão em minha direção.

– Olá, Park — diz ele.

Eu aperto sua mão que está estendida.

– Oi Doutor, como ela está?

Pergunto ansioso, queria saber o que havia acontecido.

– Senhor Park, serei sincero com você. Infelizmente, sua mãe não apresentou melhora nos últimos meses, mesmo com os novos medicamentos. Lamento ser eu a dar essa notícia, mas neste momento, a melhor opção é esperar pelo pior... Apesar disso, continuaremos com o tratamento, e não perca a esperança. Coisas boas podem acontecer quando menos esperamos.

Ao ouvir isso, meu coração dispara e minha mente começa a divagar, imaginando como seria a vida sem minha mãe.

Em meio ao desespero, sinto falta de ar e, finalmente, as lágrimas começam a cair.

Caio de joelhos, consumido pela angústia, chorando até não poder mais... Não, não, isso não pode estar acontecendo. Minha mãe não pode me deixar. Por favor, me diga que isso é apenas uma brincadeira sem graça...

Reunindo forças, levanto-me e caminho em direção ao quarto da minha mãe, abrindo a porta.

E lá está ela, deitada naquela cama, apenas existindo, sem vida, pálida e exausta.

Dói na alma vê-la assim. Ela sempre foi uma pessoa tão alegre, irradiava felicidade, era animada e carinhosa... E agora está aqui, nessa cama, nesse hospital sujo, apenas esperando e aceitando que chegou a sua hora, sem mais o que fazer.

– Oi, meu filho. Como você está? Está tão magrinho. Não está se alimentando direito, não é? Já te disse que precisa cuidar bem de si mesmo, não pode pular refeições, Jimin!

Vou até ela, ignorando os sermões, e a abraço com força.

– Mãe, eu te amo tanto. Você é minha vida. Não consigo imaginar minha vida sem você...

Caio em prantos mais uma vez, em seus braços.

– Está tudo bem, meu amor. Você já fez tudo o que podia. Você não tem culpa, sim? Mamãe te ama muito. Sempre estarei aqui para você, mesmo que não seja da forma como gostaríamos. Vou cuidar de você, está bem? Não pense em nada, vamos aproveitar o tempo que temos... Mamãe está aqui agora, isso é o que importa.

Ela corresponde ao meu abraço, fazendo um carinho gentil nas minhas costas, me acalmando aos poucos enquanto me dá beijos e canta baixinho no meu ouvido.

– Sentirei tanto sua falta, mãe...

– Eu sei, meu filho. Eu sei...

A conversa se interrompe e ficamos em silêncio, aproveitando apenas a presença um do outro.

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⏰ Última atualização: Jul 15, 2023 ⏰

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